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Mostrando postagens de agosto, 2021

STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE AS ABELHAS

          As abelhas possuem boa  capacidade de adaptação entre os diferentes ambientes, conquanto, as colônias desses insetos podem sofrer grandes prejuízos com as variações das condições climáticas (LOPES, 2010). Sendo assim, a temperatura tem influência direta sobre a produção e desenvolvimento da apicultura, sendo considerada de uma forma mais geral, temperaturas ideais entre 34 °C e 35 °C para as colmeias (EMBRAPA, 2007). Quanto mais a colônia de abelhas estiver exposta a temperaturas que se distanciam dessa faixa, maior será o trabalho das operárias para manter um clima ideal e estabelecer a termorregulação (EMBRAPA, 2018).     De acordo com a Embrapa (2018)  acima de 39 °C, as abelhas desistem da homeostase, que é o processo pelo qual um organismo mantém as condições internas necessárias à vida, feito pelas operárias, dessa forma, entre três e quatro dias sob forte calor, os animais abandonam a colmeia. Southwick & Moritz (1987) citados por Almeida (2008) demonstraram que, e

APRESENTANDO O PROGRAMA DE ILUMINAÇÃO EM GALINHAS POEDEIRAS

          E m criações comerciais de aves reprodutoras e de postura, a iluminação artificial para complementar o fotoperíodo natural é uma das mais importantes ferramentas de manejo disponíveis para o produtor avícola (OUROS, 2019). Para galinhas poedeiras os programas de iluminação são usados para estimular o aparelho reprodutor, com o objetivo de aumentar a produção de ovos (ETCHES, 1996 apud LIMA, 2014).      De acordo com  Araújo  et al . (2011) um dos trabalhos pioneiros do estudo da influência da luz sobre as aves foi realizado por Rowan em 1921. Quando Rowan proporcionou luz artificial para imitar os dias longos da primavera, ele fez com que as aves colocassem ovos no outono, mesmo em temperaturas abaixo de zero.     Atualmente já se sabe que  início da postura pode ser antecipado ou retardado; a taxa de postura pode ser influenciada e seu intervalo alterado; a qualidade da casca pode ser melhorada; o tamanho do ovo pode ser otimizado e a eficiência alimentar pode ser maximizada

CONSORCIAÇÃO DE FORRAGEIRAS

          Os pesquisadores australianos foram os pioneiros nas pesquisas com leguminosas nas pastagens tropicais, motivados pela percepção de que as gramíneas tropicais tinham uma qualidade menor do que as de clima temperado, e que a introdução das leguminosas ajustadas para pastagens tropicais poderia, de forma simultânea, resolver dois problemas, sendo eles: baixa disponibilidade de nitrogênio (N) nos solos tropicais sob gramíneas e os baixos teores de proteína na dieta dos ruminantes. Contudo ao decorrer do tempo foram acumuladas experiências, e mostrou-se que a contribuição potencial das leguminosas forrageiras é maior do que se pensava (ANDRADE, 2012 apud ANDRADE [20-?]).     Atualmente já se tem a idéia de que a leguminosa em consórcio tem o papel de oferecer forragem de melhor qualidade e com teores de proteína mais altos, com destaque, no período seco; ofertar nitrogênio fixado biologicamente para a outra gramínea; melhorar as características do solo e aumentar gradativamente

TILÁPIAS, INFORMAÇÕES BÁSICAS

            A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, originária do Nilo, rio do Egito, sendo atualmente considerada a espécie mais importante do século XXI, entre os peixes de água doce, uma vez que é produzida em mais de 100 países, com produção comercial anual estimada em mais de 1.300.000 toneladas. Foi introduzido no Brasil desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante da aqüicultura nacional (BORGES, 2009; SENAR, 2017).     Segundo Borges, (2009) a rusticidade da tilápia, o seu rápido crescimento e sua carne de ótima qualidade é o que faz a tilápia ser tão produzido aqui no Brasil, chegando a 323 713 965 kg em 2019 de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM). ESPÉCIES     Há 77 espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três gêneros:  Tilapia ,  Sarotherodon  e  Oreochromis , sendo que apenas quatro se destacam na aqüicultura mundial, sendo elas: tilápia nilótica ou do Nilo ( Oreochromis niloticus ),  tilápia de Mo

TÉCNICA CREEP-FEEDING

            O creep Feeding pode ser definido como a prática de administrar alimento suplementar a bezerros (as) antes do desmame. Aumenta o ganho de peso durante o período de amamentação, obtendo-se animais mais pesados ao desmame (DANTAS et al ., 2010).       De acordo com Gottschall (2002) citado por Franqueiro (2018) o período que compreende entre o nascimento e a desmama é a fase da vida em que o animal apresenta as maiores taxas de ganho de peso, sendo alcançado, em 7 meses, aproximadamente cerca de 25 a 35% do peso final de abate. Entretanto, Stewart (2017) afirma que uma vaca em lactação pode fornecer apenas 50% dos nutrientes de que um bezerro de três a quatro meses precisa para maximizar o crescimento. Por isso que o creep-feeding se torna uma técnica interessante para esses animais.      Para viabilizar a técnica do creep feeding é necessário o uso de instalações que permitam acesso apenas de animais jovens ao cocho onde será disponibilizado o suplemento ou ração (BRANCO, [2

PRÓPOLIS

           A palavra própolis é derivada do grego onde pro significa “em defesa de” e polis “cidade”, isto é, em defesa da cidade ou da colméia (MARCUCCI, 1996). A própolis é uma mistura complexa de substâncias resinosas, de consistência, textura e coloração variada, é elaborado pelas abelhas que coletam matéria-prima de diversas partes de plantas como brotos, cascas e exsudatos de árvores, transformando-as dentro da colméia pela adição de secreções salivares e cera (ADELMANN, 2005; PINTO et al ., 2011). UTILIDADE      As abelhas utilizam a própolis para consertar a colmeia e protegê-las contra insetos, microrganismos e suas crias do frio, fazem isso vedando frestas e diminuindo o espaço da entrada da colmeia. Serve também como material antisséptico, aplicado no interior dos alvéolos onde a abelha rainha efetua a postura dos ovos e também é utilizada para envolver inimigos abatidos no interior da colméia, evitando que apodreçam e contaminem o ninho (MARCUCCI, 1996 apud BASTOS, 2010; PI

INCUBAÇÃO DE OVOS DE GALINHA

           Incubação é o processo que o embrião sofre até a eclosão do pinto em condições de temperatura e umidade específicas (VIOLA  et al ., 2019).     A incubação pode acontecer de duas maneiras, natural (realizada pela galinha), mais comum em sistemas de criação extensivo ou artificialmente (máquinas), esse sendo mais utilizado nos sistemas semi-intensivo e intensivo de criação. INCUBAÇÃO NATURAL     A galinha em estado de choco é que irá realizar a incubação natural, e para isso, a galinha choca deve ser muito bem escolhida, apresentando boa habilidade materna, para que os ovos chocados por ela tenham uma alta taxa de eclosão (TOLOMELLI, [20-?]). A fase choca da galinha apresenta algumas características marcantes em relação ao comportamento da ave, como eriçamento das penas, bicadas com a aproximação de alguém, ou seja, ela fica mais defensiva, permanência no ninho e demonstra também um aumento do cacarejo (VIOLA  et al ., 2019).      O ninho precisar ser forrado com mate

DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS

          A degradação da pastagem é o decaimento acentuado e gradativo da produtividade da pastagem, no decorrer do tempo, e conseqüentemente ocorrendo a perca de capacidade de sua recuperação natural, se tornando-a incapaz de sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais, e também de superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e invasoras (Macedo, 1995 apud KICHEL  et al ., 1999; DIAS-FILHO, 2017).     Há uma estimativa de que 20% das pastagens mundiais, sendo elas naturais e plantadas, estejam degradadas ou sofrendo o processo de degradação, sendo que essa proporção é pelo menos três vezes maior nas regiões mais áridas do planeta (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2004 apud DIAS-FILHO, 2014).     Como já citado na postagem " pastagem ", a pecuária de corte no Brasil tem como uma de suas características marcante a exploração extensiva das pastagens, cerca de 88% da carne bovina no Brasil é recorrente dos rebanhos mantidos em pastos. Entretanto

RÃ-TOURO

  Fonte: https://www.mfrural.com.br/detalhe/297291/ra-touro      A rã-touro é da família Ranidae, pertencendo ao gênero Rana, espécie catesbeiana e seu nome ciêntifico é  Lithobates catesbeianuse.      A rã-touro é uma espécie exótica, originária da America do Norte, compreendendo o sul do Canadá, centro-sul e leste dos Estados Unidos e norte do México (MEDEIROS  et al ., 2016).     Tom  Cyrril Harrison,  um  técnico  canadense, foi quem deu início a introdução da rã-touro no Brasil, trazendo 300 exemplares da espécie, com intuito de estabelecer o primeiro criadouro comercial de rãs no país. O ranário, foi batizado como Aurora em 1935, sendo oficialmente implantado no Rio de Janeiro (CUNHA & DELARIVA, 2009). CARACTERÍSTICAS          Se comparada as outras espécies nativas em criações comerciais do Brasil, como a rã-pimenta ( Leptodactylus labyrinthicus ) e a rã-manteiga ( Leptodactylus latrans ), é notado que o desempenho produtivo da  L. catesbeianuse  é maior. Como característica

BUBALINOCULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

Bubalinocultura é a forma técnica de ser chamada a criação de búfalos. CLASSIFICAÇÃO Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem - Artiodactyla Família - Bovidae Gênero -  Bubalus           Os búfalos foram domesticados a 3.000 a.C., na Mesopotâmia, e a 2.000 a.C na China. No Brasil, chegaram em torno de 1870 e 1890, trazidos por fugitivos provenientes da Guiana Francesa, e comprados aqui pelo Dr. Vicente Chermont de Miranda para a ilha de Marajó - PA, a raça adquirida foi a Carabao (Zava, 1987; Rocha , 2007 apud VIEIRA   et al ., 2011; ABCB, [20-?]). REBANHO          No Brasil segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) atualmente somasse 3 milhões de cabeças, isso significa que o Brasil hoje possui o maior rebanho de búfalos do Ocidente. O maior efetivo desta espécie encontra-se localizada na região Norte do país com cerca de 66% do efetivo, e o restante distribuídos entre as Regiões Sudeste (13%), Nordeste (9%), Sul (8%) e Centro-Oeste (4%). Os Estados d

COLMEIA

        Colmeia é um enxame ou o local onde as abelhas vivem, ou seja, a casa delas (SOUSA & ARAÚJO, 1995).      A apicultura é uma atividade antiga, e foi essencial que o homem reproduzisse algumas categorias de abrigos rústicos, para haver uma boa exploração dessa atividade, até finalmente obter uma colmeia racional, mas até isso acontecer foram concebidas colmeias com palhas de centeio, de trigo e de colmo (de onde vem o nome colmeia), e antes disso ainda, foram feitas com barro cozido e de forma cilíndrica, porém não teve sucesso (FREITAS  et al ., 2015).     Após vários tipos de materiais usados para fazer uma colmeia, e que não foram tão eficientes, chegamos as de madeiras, tendo seu surgimento em torno de 1835, atualmente é um material padrão para fabricação das mesmas. Existem alguns modelos diferentes e suas próprias variações em relação às colmeias modernas, no mundo as de uso mais comum são: colmeia de Langstroth, Top-bar e a de Warre. Encontram-se também alguns modelos

ESTRUTIOCULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

Estrutiocultura é a forma técnica de ser chamada a criação de avestruzes.     CLASSIFICAÇÃO Filo - Chordata  Classe - Aves  Ordem - Struthioniformes  Subordem - Struthiones  Família - Struthionidae  Gênero -  Struthio   Espécie -  Struthio camelus        Os avestruzes fazem parte do grupo de "ratitas", aves corredoras, não conseguem voar. Dentro desse grupo estão também (emu, casuar, ema e kiwi).       O  Struthio camelus  tem sua origem na África. O início da busca pela exploração da criação comercial dessa ave, se deu pela procura mundial por plumas (penas), em meados do século XIX, entretanto, essa atividade só teve início no Brasil, no fim do século XX, importando os primeiros reprodutores e matrizes de origem norte-americana e sul-africana (CARRER et al., 2004; ACAB, 2006 apud RODRIGUES  et al ., 2014).      REBANHO      O Brasil já foi referência em relação a rebanho de avestruz, chegando a ter o segundo maior do mundo em 2006 com cerca de 430 mil aves (SUZAN & GAME

PASTOREIO RACIONAL VOISIN (PRV)

         O pastoreio Racional Voisin (PRV) é um método racional complexo e intensivo de manejo de gado, da pastagem e do solo, proposto por André Voisin que procura manter um equilíbrio do trinômio solo-capim-gado, sem prejudicar um em benefício do outro (CASTAGNA et al ., 2008). Para alcançar esse equilíbrio deve-se seguir com vigor as quatro leis de pastoreio racional.      As duas primeiras leis têm como objetivo garantir a perenização (se tornar permanente, durável) das pastagens, enquanto as outras duas, o incremento da produção animal (BERTON  et al.,  2011). Quais são as quatro leis?   1)   Lei do repouso      Para que a planta consiga armazenar nas suas reservas necessárias ao ponto de poder haver uma rebrota, é necessário que seja fornecido a ela tempo o suficiente, ou seja, o repouso da pastagem. Existe um tempo ideal para o ponto de desenvolvimento fenológico da planta, esse momento ideal possibilita a maior oferta/área/tempo e pode ser expressado pela curva sigmóide de cres

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GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS

         As gramíneas e leguminosas correspondem a famílias de espécies que formam o grupo das forrageiras, entretanto, elas são plantas que apresentam diferenças entre si (GLOBO RURAL, 2011). GRAMÍNEAS       Segundo Fontaneli  et al . (2009) as gramíneas ( Poaceae)  são uma das mais relevantes famílias na divisão Angiospermae e da classe Monocotiledoneae. De acordo com o site Globo Rural (2011) as sementes das gramíneas têm um cotilédone, as folhas das plantas são lineares e fornecem energia muito mais na forma de carboidratos. Essas plantas podem ser rizomatosas ou estoloníferas, perenes ou anuais, também apresentam flores nas maiores das espécies, e em sua maioria, possui caule oco e raízes ramificadas (SEMENTES SANTA FÉ, 2019).      As gramíneas são mais exploradas por ter um potencial de produção de forragem até três vezes superior às leguminosas forrageiras (VIANA, [20-?]). Exemplos de gramíneas . Brachiaria Decumbers. Brachiaria Brizantha Marandu. Brachiaria Brizantha MG 4. Brac

O que é zootecnia ?

          A zootecnia é a ciência que estuda a criação, conservação e produção animal. Esses estudos são mais direcionados aos animais domésticos, com o intuito de compreender de forma tecnicamente eficiente,  economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta e eticamente adequada, as suas relações, suas utilidades e os serviços úteis que os animais tem para o homem.       Um lema que é de suma importância para a zootecnia é   "produzir o máximo, no menor tempo possível, semper lucro lucro, tendo em conta o bem estar animal"  .       Abaixo o simbo da zootecnia e seu significado.