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COMPORTAMENTO REPRODUTIVO EM SUÍNOS

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BUBALINOCULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

zootecnia, bubalinocultura, búfalos, mammalia
Bubalinocultura é a forma técnica de ser chamada a criação de búfalos.

CLASSIFICAÇÃO
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem - Artiodactyla
Família - Bovidae
Gênero - Bubalus
    
    Os búfalos foram domesticados a 3.000 a.C., na Mesopotâmia, e a 2.000 a.C na China. No Brasil, chegaram em torno de 1870 e 1890, trazidos por fugitivos provenientes da Guiana Francesa, e comprados aqui pelo Dr. Vicente Chermont de Miranda para a ilha de Marajó - PA, a raça adquirida foi a Carabao (Zava, 1987; Rocha , 2007 apud VIEIRA et al., 2011; ABCB, [20-?]).

REBANHO 
   
    No Brasil segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) atualmente somasse 3 milhões de cabeças, isso significa que o Brasil hoje possui o maior rebanho de búfalos do Ocidente. O maior efetivo desta espécie encontra-se localizada na região Norte do país com cerca de 66% do efetivo, e o restante distribuídos entre as Regiões Sudeste (13%), Nordeste (9%), Sul (8%) e Centro-Oeste (4%). Os Estados do Pará e Amapá juntos reúnem aproximadamente 59,09% do rebanho (COELHO, 2019).

PRODUTOS
    
    A partir da criação doméstica de búfalos podemos obter produtos nobres como carne e leite.
    Existem algumas diferenças entre a carne de búfalo e de outros animais, por exemplo, se comparada com a carne bovina podemos observar que a do búfalo tem 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 55% menos calorias, 11% mais proteínas e 10% mais minerais (SABINO, [20-?]). Somando uma tendência do consumo de carne menos gordurosa, e essas características da carne bubalina, cada vez mais difundidas, faz com que o consumo de carne de búfalo esteja crescendo consideravelmente e fazendo com que esta atividade pecuária vá se tornando mais atrativa para investidores do setor rural brasileiro (Oliveira, 2005; Rocha, 2007 apud VIEIRA et al., 2011).
    
    A produção mundial de carne de búfalo, em 2016, foi cerca de 74,64 milhões de toneladas, essa produção foi o equivalente, apenas, a 5,44% do total de carne bovina produzida no mundo, que foi em torno de 1,3 bilhões de toneladas. (FAO, 2018 apud OLIVEIRA, 2018). Não dá para trazer uma estimativa de produção de carne bubalina no Brasil, pois não há uma expressividade tão grande,  por isso falta dados para ser mostrados.
    
   O leite de búfala também apresenta características diferentes das outras categorias de leites, por exemplo, o leite de búfala apresenta coloração mais branca, provocada pela ausência do β-caroteno, e sabor adocicado. Fazendo uma comparação com o leite de vaca, observa-se o seguinte: que a gordura do leite de búfala apresenta glóbulos maiores que os do leite de vaca bovina; ele coagula muito mais rápido do que o leite de vaca; os acídos capróico, caprílico e cáprico encontram-se em menor quantidade no leite de búfala e entre outras (HUHN et al., 1986).

PRINCIPAIS RAÇAS
    
    De acordo com Marques (2000) os grupos das principais raças de búfalos de rio na Índia são:

Murrah - Murrah, Nili Ravi e Kundi
Gujarat - Surti, Mehsana e Jafarabadi
Uttar Pradesh - Bhadawari e Tarai
Índia Central - Nagpuri, Pandhirpuri, Manda, Jarangi Kalahandi e Sambalpur
Sul da Índia - Toda e South Kanara
    
    Mas no Brasil as raças reconhecidas oficialmente pela ABCB são apenas quatro, sendo elas:

Carabao - Tem aptidão voltada para o trabalho agrícola, para a tração e para a carne. Seus chifres são largos e abertos, com corte transversal triangular e fazem um ângulo de 90 graus ao se afastarem da cabeça.

Mediterrâneo - São animais desenvolvidos para produção de leite. Os chifres são medianos, voltados para trás, com as pontas voltadas para cima e para dentro, formando uma meia-lua.

Murrah - É considerada excelente raça leiteira. Seus chifres são encaracolados, negros, desde a base até a ponta.

Jafarabadi - Se destaca em nosso país porque produz muita carne quando encontra disponível uma boa alimentação com bom pasto. Os seus chifres são pesados e longos, tendem a ir até abaixo da direção atrás dos olhos, terminando em formato espiralado até atrás.

OBS: As características citadas foram retiradas do site da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB).

REFERÊNCIAS

ABCB. O búfalo. [20-?]. Disponível em: <https://www.bufalo.com.br/home/o-bufalo/>. Acesso em: 14 de agosto de 2021.

Búfalos: o produtor pergunta, a Embrapa responde / editor-técnico José Ribamar Felipe Marques ; Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA). – Brasília : Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. 176p. ; (Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas).
COELHO, A. S. Cenário da Bubalinocultura no Brasil / Anderson Silva Coelho. - Belém, 2019. 57 f.

HUHN, S.; JÚNIOR, J. B. L.; CARVALHO, L. O. D. M.; NASCIMENTO, C. N. B.; VIEIRA, L. C. Aproveitamento do leite de búfala em produtos derivados. In: SIMPÓSIO DO TRÓPICO ÚMIDO, 1, 1984, Belém. Anais. Belém: EMBRAPA - CPATU, 1986. v.5. p.265-269.

OLIVEIRA, B. P. D. Análise da conjuntura de mercado da bubalinocultura no Brasil e no estado do Pará. Monografia (Especialização em Gestão do Agronegócio de Ciências Agrárias) - Universidade Federal do Paraná. Cuiaba, 35 p. 2018.

SABINO, T. Carne de búfalo tem 55% menos calorias do que a bovina; conheça. [20-?]. Disponível em: <https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/culinaria/carne-de-bufalo-tem-55-menos-calorias-do-que-a-bovina-conheca,aad7c7f3f5a4d310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 14 de agosto de 2021.

VIEIRA, J. N.; TEIXEIRA, C. S.; KUABARA, M. Y.; OLIVEIRA, D. A. A. Bubalinocultura no Brasil: Short communication. PUBVET, Londrina, v. 5, n. 2, Ed. 149, Art. 1003, 2011. 

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