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Mostrando postagens com o rótulo piscicultura

STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

ICTIOFITIRÍASE

            A ictiofitiríase, também conhecida como "doença dos pontos brancos" por conta dos seus sinais clínicos característicos, é uma uma doença parasitária causada pelo protozoário ciliado Ichthyophthirius multifiliis . É provavelmente o parasito com mair distribuição geográfica, chegando a ser considerado universal (ROCHA  et al ., 1994; PÁDUA, 2017)     O  Ichthyophthirius multifiliis é um protozoário  de organização complexa, é caracterizado por apresentar cílios simples que envolvem todo o seu corpo, exceto na região adoral (ROCHA et al ., 1994). Ele apresenta um ciclo direto que pode se completar em poucos dias em parasita, existem quatro fases características no seu desenvolvimento, que são: Trofonte maturo (a); trofonte imaturo (b); trofonte (c) e terontes (estágio infectante) (d) (FILHO et al ., 2012).       A infecção pelo ictio se dá normalmente quando há oscilações na temperatura da água, especialmente algo normal de ocorrer no outono para inverno, já que são

INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

          Pode-se definir espécie introduzida como espécie transportada e liberada pelo homem, de forma intencional ou acidental em ambiente fora de sua área de distribuição (JUNIOR, 2015). É buscado alguns objetivos com a introdução de espécies em determinados locais, como aqüicultura, pesca esportiva, controle de mosquitos e algas ou para fins ornamentais (LEAL & CÂMARA, 2005).         Alguns termos são importantes de serem citádos quando se trata da relação entre a espécie e sua região: espécie autóctone, que é definida por Almeida (2019) como espécies que habitam o seu território de origem; espécie alóctone, definida por Junior (2015) como espécie introduzida a partir de outras bacias hidrográficas de um mesmo país; espécie exótica que de acordo com a Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CDB) citada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) & Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (2019) é definida c

TILÁPIAS, INFORMAÇÕES BÁSICAS

            A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, originária do Nilo, rio do Egito, sendo atualmente considerada a espécie mais importante do século XXI, entre os peixes de água doce, uma vez que é produzida em mais de 100 países, com produção comercial anual estimada em mais de 1.300.000 toneladas. Foi introduzido no Brasil desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante da aqüicultura nacional (BORGES, 2009; SENAR, 2017).     Segundo Borges, (2009) a rusticidade da tilápia, o seu rápido crescimento e sua carne de ótima qualidade é o que faz a tilápia ser tão produzido aqui no Brasil, chegando a 323 713 965 kg em 2019 de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM). ESPÉCIES     Há 77 espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três gêneros:  Tilapia ,  Sarotherodon  e  Oreochromis , sendo que apenas quatro se destacam na aqüicultura mundial, sendo elas: tilápia nilótica ou do Nilo ( Oreochromis niloticus ),  tilápia de Mo

ALIMENTAÇÃO NA PISCICULTURA

          O uso de rações na alimentação de organismos aquáticos é recente, apesar de que a aqüicultura seja praticada a bastante tempo, a forma de produção mais empregada era a extensiva, dependendo da produção primária e da alimentação suplementar, isso até o início do século XX (HARDY & BARROWS, 2002 apud MORO & RODRIGUES, 2015).       No Brasil os peixes eram alimentados com resquícios agrícolas, rações utilizadas para nutrição de outros animais ou mistura de ingredientes, passando a usar rações comerciais específicas para peixes a partir de 1987, iniciando com produtos peletizados (WALDIGE & CASEIRO, 2003).  PRINCIPAIS NUTRIENTES DA RAÇÃO PARA PEIXE       Como já explicado na postagem piscicultura: breve apresentação , quando se trata de obter uma boa produção de peixe os sistemas mais recomendados e utilizados são o intensivo e o superintensivo, neles o alimento a ser fornecido são rações formuladas.       É fundamental destacar que a alimentação dos peixes varia bast

PISCICULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

       Piscicultura é a produção de peixes em ambientes controlados.              Há indícios que a piscicultura nasceu na china aproximadamente a 4.000 anos com o monocultivo da carpa (VINATEA, 1995). Outro povo que já praticava a piscicultura há aproximadamente 4.000 anos também eram os egípcios, nesse caso, era o cultivo da tilápia do Nilo (SANSUY, 2019).     " A criação de peixes no Brasil foi introduzida pelos holandeses no século XVIII. Mas foi entre os anos de 1960 e 1970 que teve início um modelo de piscicultura popular, implementado a pequenas propriedades com o intuito de complementar a renda familiar” (GUERRA,  et al.  2016, p. 07). PRODUÇÃO      Segundo o site PeixeBR (2021) a piscicultura cresceu 5,93% em 2020 em relação ao ano anterior, passamos de 758.006 t em 2019 para 802.930 t em 2020.      Atualmente o carro-chefe do Brasil no que diz respeito a piscicultura é a tilápia ( Tilapia Rendalli)  com a produção de 486.155 toneladas em 2020. REGIMES DE CULTIVO      De

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Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS

         As gramíneas e leguminosas correspondem a famílias de espécies que formam o grupo das forrageiras, entretanto, elas são plantas que apresentam diferenças entre si (GLOBO RURAL, 2011). GRAMÍNEAS       Segundo Fontaneli  et al . (2009) as gramíneas ( Poaceae)  são uma das mais relevantes famílias na divisão Angiospermae e da classe Monocotiledoneae. De acordo com o site Globo Rural (2011) as sementes das gramíneas têm um cotilédone, as folhas das plantas são lineares e fornecem energia muito mais na forma de carboidratos. Essas plantas podem ser rizomatosas ou estoloníferas, perenes ou anuais, também apresentam flores nas maiores das espécies, e em sua maioria, possui caule oco e raízes ramificadas (SEMENTES SANTA FÉ, 2019).      As gramíneas são mais exploradas por ter um potencial de produção de forragem até três vezes superior às leguminosas forrageiras (VIANA, [20-?]). Exemplos de gramíneas . Brachiaria Decumbers. Brachiaria Brizantha Marandu. Brachiaria Brizantha MG 4. Brac

O que é zootecnia ?

          A zootecnia é a ciência que estuda a criação, conservação e produção animal. Esses estudos são mais direcionados aos animais domésticos, com o intuito de compreender de forma tecnicamente eficiente,  economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta e eticamente adequada, as suas relações, suas utilidades e os serviços úteis que os animais tem para o homem.       Um lema que é de suma importância para a zootecnia é   "produzir o máximo, no menor tempo possível, semper lucro lucro, tendo em conta o bem estar animal"  .       Abaixo o simbo da zootecnia e seu significado.