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Mostrando postagens com o rótulo Pisces

STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

RESPIRAÇÃO DOS PEIXES

         As necessidades dos peixes de obter oxigênio para suas atividades metabólicas e livrar-se do dióxido de carbono são supridas pela água, seu meio circundante (JORGE, 2009).       De forma simples e básica, o sistema respiratório dos peixes é composto por: boca; brânquias ou guelras; fenda opercular e opérculos (quase todos os peixes os têm) (EBC, 2015).       A respiração de forma descrita, acontece da seguinte forma: enquanto o opérculo se fecha, a água entra pela boca e segue até as brânquias, onde nelas ocorrem a troca gasosa, depois a água sai pela lateral do opérculo, dessa forma ocorre um fluxo constante de água (ROSA  et al ., 2020).        Contudo, as trocas se dão, principalmente, através das brânquias internas (JORGE, 2009). Segundo Piza (1951) uma brânquia não é mais do que uma pele modificada, muito permeável, recobrindo um tecido ricamente vascularizado, e de acordo com Silva (2016) são  adaptados às trocas gasosas necessárias à respiração dentro de água e que pode

ICTIOFITIRÍASE

            A ictiofitiríase, também conhecida como "doença dos pontos brancos" por conta dos seus sinais clínicos característicos, é uma uma doença parasitária causada pelo protozoário ciliado Ichthyophthirius multifiliis . É provavelmente o parasito com mair distribuição geográfica, chegando a ser considerado universal (ROCHA  et al ., 1994; PÁDUA, 2017)     O  Ichthyophthirius multifiliis é um protozoário  de organização complexa, é caracterizado por apresentar cílios simples que envolvem todo o seu corpo, exceto na região adoral (ROCHA et al ., 1994). Ele apresenta um ciclo direto que pode se completar em poucos dias em parasita, existem quatro fases características no seu desenvolvimento, que são: Trofonte maturo (a); trofonte imaturo (b); trofonte (c) e terontes (estágio infectante) (d) (FILHO et al ., 2012).       A infecção pelo ictio se dá normalmente quando há oscilações na temperatura da água, especialmente algo normal de ocorrer no outono para inverno, já que são

INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS

          Pode-se definir espécie introduzida como espécie transportada e liberada pelo homem, de forma intencional ou acidental em ambiente fora de sua área de distribuição (JUNIOR, 2015). É buscado alguns objetivos com a introdução de espécies em determinados locais, como aqüicultura, pesca esportiva, controle de mosquitos e algas ou para fins ornamentais (LEAL & CÂMARA, 2005).         Alguns termos são importantes de serem citádos quando se trata da relação entre a espécie e sua região: espécie autóctone, que é definida por Almeida (2019) como espécies que habitam o seu território de origem; espécie alóctone, definida por Junior (2015) como espécie introduzida a partir de outras bacias hidrográficas de um mesmo país; espécie exótica que de acordo com a Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CDB) citada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) & Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (2019) é definida c

TILÁPIAS, INFORMAÇÕES BÁSICAS

            A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, originária do Nilo, rio do Egito, sendo atualmente considerada a espécie mais importante do século XXI, entre os peixes de água doce, uma vez que é produzida em mais de 100 países, com produção comercial anual estimada em mais de 1.300.000 toneladas. Foi introduzido no Brasil desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante da aqüicultura nacional (BORGES, 2009; SENAR, 2017).     Segundo Borges, (2009) a rusticidade da tilápia, o seu rápido crescimento e sua carne de ótima qualidade é o que faz a tilápia ser tão produzido aqui no Brasil, chegando a 323 713 965 kg em 2019 de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM). ESPÉCIES     Há 77 espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três gêneros:  Tilapia ,  Sarotherodon  e  Oreochromis , sendo que apenas quatro se destacam na aqüicultura mundial, sendo elas: tilápia nilótica ou do Nilo ( Oreochromis niloticus ),  tilápia de Mo

RÃ-TOURO

  Fonte: https://www.mfrural.com.br/detalhe/297291/ra-touro      A rã-touro é da família Ranidae, pertencendo ao gênero Rana, espécie catesbeiana e seu nome ciêntifico é  Lithobates catesbeianuse.      A rã-touro é uma espécie exótica, originária da America do Norte, compreendendo o sul do Canadá, centro-sul e leste dos Estados Unidos e norte do México (MEDEIROS  et al ., 2016).     Tom  Cyrril Harrison,  um  técnico  canadense, foi quem deu início a introdução da rã-touro no Brasil, trazendo 300 exemplares da espécie, com intuito de estabelecer o primeiro criadouro comercial de rãs no país. O ranário, foi batizado como Aurora em 1935, sendo oficialmente implantado no Rio de Janeiro (CUNHA & DELARIVA, 2009). CARACTERÍSTICAS          Se comparada as outras espécies nativas em criações comerciais do Brasil, como a rã-pimenta ( Leptodactylus labyrinthicus ) e a rã-manteiga ( Leptodactylus latrans ), é notado que o desempenho produtivo da  L. catesbeianuse  é maior. Como característica

CARCINICULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

           Carcinicultura ou carcinocultura é a forma técnica de ser chamada o cultivo de camarões.     A origem da atividade no Brasil teve início na década de 70, no Rio Grande do Norte, a iniciativa ocorreu com o "Projeto Camarão". A origem da carcinicultura no Brasil pode ser dividida praticamente em três etapas por conta de alguns insucessos no começo, onde a primeira teve a espécie  Penaeus japonicus  explorada, mas tiveram baixos resultados por ter sido cultivos extensivos de baixa densidade. A segunda etapa se caracteriza pela domesticação das espécies nativas ( L. subtilis ,  L. paulensis  e  L. schimitti ), agora conseguindo uma melhor densidade, tendo entre 4 a 6 camarões por m², mesmo assim a produção não ultrapassou as médias de 400 a 600 kg/ha/ano, não obtendo sucesso. E a terceira foi com a importação da espécie  L. vannamei  na década de 90, a partir daí o desempenho foi melhor porque os laboratórios brasileiros começaram a dominar a reprodução e larvicultur

ALIMENTAÇÃO NA PISCICULTURA

          O uso de rações na alimentação de organismos aquáticos é recente, apesar de que a aqüicultura seja praticada a bastante tempo, a forma de produção mais empregada era a extensiva, dependendo da produção primária e da alimentação suplementar, isso até o início do século XX (HARDY & BARROWS, 2002 apud MORO & RODRIGUES, 2015).       No Brasil os peixes eram alimentados com resquícios agrícolas, rações utilizadas para nutrição de outros animais ou mistura de ingredientes, passando a usar rações comerciais específicas para peixes a partir de 1987, iniciando com produtos peletizados (WALDIGE & CASEIRO, 2003).  PRINCIPAIS NUTRIENTES DA RAÇÃO PARA PEIXE       Como já explicado na postagem piscicultura: breve apresentação , quando se trata de obter uma boa produção de peixe os sistemas mais recomendados e utilizados são o intensivo e o superintensivo, neles o alimento a ser fornecido são rações formuladas.       É fundamental destacar que a alimentação dos peixes varia bast

PARÂMETROS DA ÁGUA NA PISCICULTURA

         Na postagem  qualidade da água na aquicultura  foi explicado a importância de manter o controle sobre a água do viveiro para o sucesso da criação, já que é ela o meio ambiente dos organismos aquáticos que está em produção. Foi citado também alguns parâmetros da água a serem analisados, são eles físicos (temperatura, cor, turbidez, visibilidade e transparência) e químicos (pH, alcalinidade, dureza, oxigênio dissolvido e amônia).       Vamos agora falar um pouco sobre cada um.     TEMPERATURA : A temperatura da água é um fator muito importante, já que os peixes são pecilotérmicos, ou seja, a temperatura corpórea deles é influenciada pela temperatura do ambiente (SÓ BIOLOGIA, [20-?]). Por conta disso todas as atividades fisiológicas dos peixes (respiração, digestão, excreção, alimentação, movimentos) estão ligadas também à temperatura da água (ALFAKIT, [20-?]). A faixa ideal de temperatura da água para o desenvolvimento adequado dos peixes de águas tropicais encontra-se entre 20°

QUALIDADE DA ÁGUA NA AQUICULTURA

          Se deve ter uma atenção dobrada e sempre buscar manter o controle sobre a água dos viveiros, esse cuidado com a água é muito importante para o sucesso da criação, aliás, ela é o meio de ambiente dos organismos aquáticos que está em produção. Poderá ocorrer inúmeros prejuízos para a espécie que está em produção caso as condições da água estiverem inadequadas, dessa forma comprometendo o sistema.     Segundo Moura  et al.  (2013) a qualidade da água sofre influência tanto por fatores externos como por internos. Como influência externa temos: qualidade da fonte de água, características do solo, clima, introdução de alimentos, etc. E as internas são: densidade de peixes, interações físico-químicas e biológicas.     Existem alguns parâmetros da água a serem analisados também, podem ser divididos em físicos (temperatura, cor, turbidez, visibilidade e transparência) e químicos (pH, alcalinidade, dureza, oxigênio dissolvido e amônia), (ALFAKIT, [20-?]).     É sempre muito impor

PISCICULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

       Piscicultura é a produção de peixes em ambientes controlados.              Há indícios que a piscicultura nasceu na china aproximadamente a 4.000 anos com o monocultivo da carpa (VINATEA, 1995). Outro povo que já praticava a piscicultura há aproximadamente 4.000 anos também eram os egípcios, nesse caso, era o cultivo da tilápia do Nilo (SANSUY, 2019).     " A criação de peixes no Brasil foi introduzida pelos holandeses no século XVIII. Mas foi entre os anos de 1960 e 1970 que teve início um modelo de piscicultura popular, implementado a pequenas propriedades com o intuito de complementar a renda familiar” (GUERRA,  et al.  2016, p. 07). PRODUÇÃO      Segundo o site PeixeBR (2021) a piscicultura cresceu 5,93% em 2020 em relação ao ano anterior, passamos de 758.006 t em 2019 para 802.930 t em 2020.      Atualmente o carro-chefe do Brasil no que diz respeito a piscicultura é a tilápia ( Tilapia Rendalli)  com a produção de 486.155 toneladas em 2020. REGIMES DE CULTIVO      De

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GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS

         As gramíneas e leguminosas correspondem a famílias de espécies que formam o grupo das forrageiras, entretanto, elas são plantas que apresentam diferenças entre si (GLOBO RURAL, 2011). GRAMÍNEAS       Segundo Fontaneli  et al . (2009) as gramíneas ( Poaceae)  são uma das mais relevantes famílias na divisão Angiospermae e da classe Monocotiledoneae. De acordo com o site Globo Rural (2011) as sementes das gramíneas têm um cotilédone, as folhas das plantas são lineares e fornecem energia muito mais na forma de carboidratos. Essas plantas podem ser rizomatosas ou estoloníferas, perenes ou anuais, também apresentam flores nas maiores das espécies, e em sua maioria, possui caule oco e raízes ramificadas (SEMENTES SANTA FÉ, 2019).      As gramíneas são mais exploradas por ter um potencial de produção de forragem até três vezes superior às leguminosas forrageiras (VIANA, [20-?]). Exemplos de gramíneas . Brachiaria Decumbers. Brachiaria Brizantha Marandu. Brachiaria Brizantha MG 4. Brac

O que é zootecnia ?

          A zootecnia é a ciência que estuda a criação, conservação e produção animal. Esses estudos são mais direcionados aos animais domésticos, com o intuito de compreender de forma tecnicamente eficiente,  economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta e eticamente adequada, as suas relações, suas utilidades e os serviços úteis que os animais tem para o homem.       Um lema que é de suma importância para a zootecnia é   "produzir o máximo, no menor tempo possível, semper lucro lucro, tendo em conta o bem estar animal"  .       Abaixo o simbo da zootecnia e seu significado.