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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

TILÁPIAS, INFORMAÇÕES BÁSICAS

     

zootecnia, tílapia, aquicultura, piscicultura

    A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, originária do Nilo, rio do Egito, sendo atualmente considerada a espécie mais importante do século XXI, entre os peixes de água doce, uma vez que é produzida em mais de 100 países, com produção comercial anual estimada em mais de 1.300.000 toneladas. Foi introduzido no Brasil desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante da aqüicultura nacional (BORGES, 2009; SENAR, 2017).

    Segundo Borges, (2009) a rusticidade da tilápia, o seu rápido crescimento e sua carne de ótima qualidade é o que faz a tilápia ser tão produzido aqui no Brasil, chegando a 323 713 965 kg em 2019 de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM).

ESPÉCIES

    Há 77 espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três gêneros: TilapiaSarotherodon e Oreochromis, sendo que apenas quatro se destacam na aqüicultura mundial, sendo elas: tilápia nilótica ou do Nilo (Oreochromis niloticus),  tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus), tilápia azul ou tilápia áurea (Oreochromis aureus) e a tilápia de Zanzibar (Oreochromis urolepis hornorum) (OLIVEIRA et al., 2007).

Fonte: CPT [20-?].

    Ainda de acordo com o manual da CPT [20-?] a morfologia de cada espécie é a seguinte

Tilápia do Nilo: possui listras verticais escuras e regulares na nadadeira caudal e na lateral do corpo. Sua coloração é verde-prateada em toda a extensão corporal.

Tilápia azul ou Áurea: possui leves listras escuras verticais na lateral. Sua coloração é azul-acinzentada no corpo e branca no ventre.

Tilápia Moçambique: possui leves listras escuras verticais na lateral. Sua coloração é azul-acinzentada no corpo e branca no ventre.

Tilápia de Zanzibar: os machos maduros podem apresentar a coloração quase negra. Suas nadadeiras dorsais podem apresentar leves tons de vermelho, laranja ou rosa. 

ALIMENTAÇÃO

    As tilápias têm hábitos alimentares que variam do herbívoro (alimenta-se de plantas), fitoplanctófago (alimenta-se de algas), omnívoro (alimenta-se de diferentes tipos de alimento) ao detritívoro (alimenta-se de restos de organismos). Entretanto, a tilápia mais cultivada que é a Oreochromis niloticus possui hábito alimentar fitoplanctófago, ao qual o plâncton contribui com 30% do crescimento das tilápias, o que faz com que o piscicultor tenha um planejamento de adubação para a formação do plâncton, evitando erros de manejo ao renovar em excesso a água do viveiro. Contudo a Oreochromis niloticus aceita muito bem rações comerciais e artesanais (OLIVEIRA et al., 2007; BORGES, 2009).

REPRODUÇÃO

    Se as condições foram ideais, as tilápias podem reproduzirem naturalmente durante todo o ano. As fêmeas podem atingir a maturação sexual entre seus 3 a 4 meses de vida, pesando no mínimo 100 g e colocam em média de 500 a 2.000 ovos por desova (SENAR, 2017).

REFERÊNCIAS

Borges, Adalmyr Morais. Criação de tilápias / Adalmyr Morais Borges. – 2. ed. – Brasília, DF : Emater-DF, 2009. 44 p.

CPT. Tílapias: manual prático de criação. Disponível em: <http://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/piscicultura/tilapias-cursos-cpt.pdf>. Acesso em: 24 de agosto de 2021.

IBGE. Pesquisa da Pecuária Municipal. 2019. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2019>. Acesso em: 24 de agosto de 2021.

OLIVEIRA, E. G.; SANTOS, F. J. de S.; PEREIRA, A. M. L.; LIMA, C. B. Produção de tilápia: mercado, espécie, biologia e recria. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2007. 12 p.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Piscicultura: reprodução, larvicultura e alevinagem de tilápias. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017. 85 p.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Piscicultura: reprodução, larvicultura e alevinagem de tilápias. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017. 85 p.

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