A Tilápia-do-Nilo é um peixe nativo da África, originária do Nilo, rio do Egito, sendo atualmente considerada a espécie mais importante do século XXI, entre os peixes de água doce, uma vez que é produzida em mais de 100 países, com produção comercial anual estimada em mais de 1.300.000 toneladas. Foi introduzido no Brasil desde a década de 1950. Atualmente, é a espécie de peixe mais importante da aqüicultura nacional (BORGES, 2009; SENAR, 2017).
Segundo Borges,
(2009) a rusticidade da tilápia, o seu rápido crescimento e sua carne de
ótima qualidade é o que faz a tilápia ser tão produzido aqui no Brasil,
chegando a 323 713 965 kg em 2019 de acordo com a Pesquisa da
Pecuária Municipal (PPM).
ESPÉCIES
Há 77
espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três
gêneros: Tilapia, Sarotherodon e Oreochromis,
sendo que apenas quatro se destacam na aqüicultura mundial, sendo
elas: tilápia nilótica ou do Nilo (Oreochromis niloticus),
tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus), tilápia azul ou tilápia
áurea (Oreochromis aureus) e a tilápia de Zanzibar (Oreochromis
urolepis hornorum) (OLIVEIRA et al., 2007).
Fonte: CPT [20-?]. |
Ainda de acordo com o manual da CPT [20-?] a morfologia de cada espécie é a seguinte
Tilápia do Nilo: possui listras verticais escuras e regulares na nadadeira caudal e na lateral do corpo. Sua coloração é verde-prateada em toda a extensão corporal.
Tilápia azul ou Áurea: possui leves listras escuras verticais na lateral. Sua coloração é azul-acinzentada no corpo e branca no ventre.
Tilápia Moçambique: possui leves listras escuras verticais na lateral. Sua coloração é azul-acinzentada no corpo e branca no ventre.
Tilápia de Zanzibar: os machos maduros podem apresentar a coloração quase negra. Suas nadadeiras dorsais podem apresentar leves tons de vermelho, laranja ou rosa.
ALIMENTAÇÃO
As tilápias têm hábitos alimentares que variam do herbívoro (alimenta-se de plantas), fitoplanctófago (alimenta-se de algas), omnívoro (alimenta-se de diferentes tipos de alimento) ao detritívoro (alimenta-se de restos de organismos). Entretanto, a tilápia mais cultivada que é a Oreochromis niloticus possui hábito alimentar fitoplanctófago, ao qual o plâncton contribui com 30% do crescimento das tilápias, o que faz com que o piscicultor tenha um planejamento de adubação para a formação do plâncton, evitando erros de manejo ao renovar em excesso a água do viveiro. Contudo a Oreochromis niloticus aceita muito bem rações comerciais e artesanais (OLIVEIRA et al., 2007; BORGES, 2009).
REPRODUÇÃO
Se as condições foram ideais, as tilápias podem
reproduzirem naturalmente durante todo o ano. As fêmeas podem atingir a
maturação sexual entre seus 3 a 4 meses de vida, pesando no mínimo 100 g e
colocam em média de 500 a 2.000 ovos por desova (SENAR, 2017).
REFERÊNCIAS
Borges, Adalmyr Morais. Criação de tilápias / Adalmyr Morais Borges. – 2. ed. – Brasília, DF : Emater-DF, 2009. 44 p.
CPT. Tílapias: manual prático de criação. Disponível em: <http://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/piscicultura/tilapias-cursos-cpt.pdf>. Acesso em: 24 de agosto de 2021.
IBGE. Pesquisa da Pecuária Municipal. 2019. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2019>. Acesso em: 24 de agosto de 2021.
OLIVEIRA, E. G.; SANTOS, F. J. de S.; PEREIRA, A. M. L.; LIMA, C. B. Produção de tilápia: mercado, espécie, biologia e recria. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 2007. 12 p.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Piscicultura: reprodução, larvicultura e alevinagem de tilápias. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017. 85 p.
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Piscicultura: reprodução, larvicultura e alevinagem de tilápias. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017. 85 p.
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