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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

PRÓPOLIS

    

zootecnia, apicultura, própolis, abelha

    A palavra própolis é derivada do grego onde pro significa “em defesa de” e polis “cidade”, isto é, em defesa da cidade ou da colméia (MARCUCCI, 1996). A própolis é uma mistura complexa de substâncias resinosas, de consistência, textura e coloração variada, é elaborado pelas abelhas que coletam matéria-prima de diversas partes de plantas como brotos, cascas e exsudatos de árvores, transformando-as dentro da colméia pela adição de secreções salivares e cera (ADELMANN, 2005; PINTO et al., 2011).

UTILIDADE

    As abelhas utilizam a própolis para consertar a colmeia e protegê-las contra insetos, microrganismos e suas crias do frio, fazem isso vedando frestas e diminuindo o espaço da entrada da colmeia. Serve também como material antisséptico, aplicado no interior dos alvéolos onde a abelha rainha efetua a postura dos ovos e também é utilizada para envolver inimigos abatidos no interior da colméia, evitando que apodreçam e contaminem o ninho (MARCUCCI, 1996 apud BASTOS, 2010; PINTO et al., 2011).

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

    A composição exata da própolis pura varia com seu tipo. Porém, ao analisá-la de forma mais geral observa-se que dentre os compostos tem-se: os flavonóides, os ácidos aromáticos e ésteres, aldeídos e cetonas, terpenóides e fenilpropanóides, esteróides, aminoácidos, polissacarídeos, hidrocarbonetos, ácidos graxos e vários outros em pequenas quantidades (ROCHA et al., 2003; HU et al., 2005; HAYACIBARA et al., 2005 apud BASTOS, 2010).

MERCADO

    Segundo os dados da Japan Trade Organization citado pelo Sebrae (2014), 92% de toda a própolis in natura consumida no Japão é de origem brasileira, onde o extrato alcoólico da substância é vendido a US$ 110 o frasco. Ainda de acordo com o Sebrae (2014), 70% da produção de própolis no Brasil vem de Minas Gerais, sendo que segundo Fraga (2019) das várias toneladas produzidas em Minas Gerais, 100 toneladas anualmente são de própolis verde, assim, o produto mineiro é exportado para países como China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, além de nações europeias.

    A própolis verde é produzida através do arbusto alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia), e é altamente valorizada no mercado internacional devido ao fato de ser altamente eficaz no combate a uma série de microrganismos (NASCIMENTO et al., 2008).

PROPRIEDADES BIOLÓGICAS

    Na revisão bibliográfica sobre a própolis de Bastos (2010) é tratado sobre as propriedades biológicas da própolis e mostrado que em algum grau ela apresenta efeitos: antimicrobiana, antiinflamatória, antifúngica, antiviral, antitumoral, atividade Anestésica e Cicatrizante, anticâncer e antioxidante.

TIPOS DE PRÓPOLIS

    Como já citado acima existe uma variedade muito grande de própolis, entretanto, no Brasil os mais utilizados são os tipos: verde, proveniente do alecrim do campo (Baccharis dracunculifolia), vermelho, vem de uma planta conhecida como rabo de bugio (Dalbergia ecastophyllum) e marrom que tem origem em diversas plantas, sendo uma delas a copaíba (Copaifera langsdorffii) que apresenta uma coloração marrom escura (PINTO et al., 2011; ESSENTIA, 2020). 

REFERÊNCIAS

ADELMAN J. Própolis: variabilidade composicional, correlação com a flora e bioatividade antimicrobiana / antioxidante. Dissertação (Mestrado em Ciência Farmacêutica) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 176 p. 2005.

BASTOS, I. B. N. Própolis: revisão bibliográfica. Monografia (Especialista em Endodontia) - Faculdade de odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 43 p. 2010.

ESSENTIA. Própolis faz bem? Veja tipos, estudos e dicas de uso. 2020. Disponível em: <https://essentia.com.br/conteudos/propolis/>. Acesso em: 21 de agosto de 2021.

FRAGA, M. Saiba mais sobre o própolis verde, muito produzido em Minas Gerais. Revista Encontro, 2019. Disponível em: <https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2019/11/saiba-mais-sobre-o-propolis-verde-muito-produzido-em-minas-gerais.html>. Acesso em: 21 de agosto de 2021.

MARCUCCI M. C. Propriedades biológicas e terapêuticas dos constituintes químicos da própolis. Quim Nova, v.19, p.529-536, 1996

NASCIMENTO, E. A.; CHANG, R.; MORAIS, S. A. L.; VELOSO, D. P.; REIS. D. C. Um marcador químico de fácil detecção para a própolis de Alecrim-do-Campo (Baccharis dracunculifolia). Revista Brasileira de Farmacognosia., 370 - 386 p, 2008.

Pinto, L. M. A. Do Prado, N. R. T. De Carvalho, L. B. Propriedades, usos e aplicações da própolis. Revista Eletrônica de Farmácia., Vol. VIII (3), 76 - 100 p, 2011.

SEBRAE. O mercado da própolis. 2014. Disponível em: <http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/cdb856e1dedd81e245438b6ba5ea2c4f/$File/4612.pdf>. Acesso em: 21 de agosto de 2021.

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