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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE AS ABELHAS

    

zootecnia, apicultura, insecta, temperatura

    As abelhas possuem boa capacidade de adaptação entre os diferentes ambientes, conquanto, as colônias desses insetos podem sofrer grandes prejuízos com as variações das condições climáticas (LOPES, 2010). Sendo assim, a temperatura tem influência direta sobre a produção e desenvolvimento da apicultura, sendo considerada de uma forma mais geral, temperaturas ideais entre 34 °C e 35 °C para as colmeias (EMBRAPA, 2007). Quanto mais a colônia de abelhas estiver exposta a temperaturas que se distanciam dessa faixa, maior será o trabalho das operárias para manter um clima ideal e estabelecer a termorregulação (EMBRAPA, 2018).

    De acordo com a Embrapa (2018) acima de 39 °C, as abelhas desistem da homeostase, que é o processo pelo qual um organismo mantém as condições internas necessárias à vida, feito pelas operárias, dessa forma, entre três e quatro dias sob forte calor, os animais abandonam a colmeia. Southwick & Moritz (1987) citados por Almeida (2008) demonstraram que, eliminando as variações genéticas, as condições climáticas influenciam cerca de 92,4% na variação do comportamento defensivo das abelhas do gênero Apis. Em uma revisão sobre a defensividade de abelhas Apis mellifera L. Africanizadas Sá & Souza (2019) mostra que no período matutino, as temperaturas são mais amenas e as abelhas se encontram menos sujeito a estresse ambiental, enquanto no horário vespertino onde são registadas medias de temperatura mais elevadas e chegadas das abelhas campeiras nas colmeias, observa-se um comportamento defensivo mais intensificado, causando assim números maiores de ferroadas.

Número de ferroadas.
Adaptado por Sá & Souza  (2019) de SILVEIRA et al. (2015).

    Para reduzir o calor as abelhas procuram por água e buscam ventilar a colmeia, no entanto, se o calor permanecer, elas acabam se espalhando pelos favos para aumentar a distância e o espaço entre elas, mas se mesmo isso não der certo, então o trabalho é cessado, parte das abelhas sai da caixa para reduzir o calor corporal gerado dentro da colmeia e forma grandes barbas ao redor da entrada dos enxames. As larvas morrerão, e as abelhas abandonaram a colmeia se caso nada disso funcionar (LOPES, 2010; BASTOS, 2016).

    Temperaturas baixas normalmente inibem a atividade das abelhas, ou seja, no caso de muito frio os insetos param de trabalhar. Para solucionar isso as abelhas se aglomeram em cachos sobre a área de cria e através da contração muscular, geram calor, conservando assim o calor corporal e aquecer as larvas, as que que ficam fora dessa cobertura morrem de frio. Podem também fechar algumas frestas usando própolis, controlando dessa forma a ventilação e revezar entre elas, as abelhas da periferia do aglomerado trocam de lugar com as que estão na parte mais interna para que possam se aquecer. Estas características permitiram sua expansão para as regiões temperadas (EMBRAPA 2007; BUDEL, 1968 & HERAN, 1968 apud ALMEIDA, 2008; BASTOS, 2016).

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, G. F. Fatores que interferem no comportamento enxameatório de abelhas africanizadas. Tese (Doutor em Ciências, Área: Entomologia) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto-SP, 128 p. 2008.

BASTOS, T. R. Especialista dá dicas para manter produção de mel em climas extremos. Globo Rural, 2016. Disponível em: <https://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2016/02/especialista-ensina-como-preservar-criacao-de-abelhas-em-climas-extremos.html#:~:text=Nos%20casos%20de%20temperaturas%20extremamente,novamente%2C%20e%20o%20processo%20continuar.>. Acesso em: 31 de agosto de 2021.

Criação de abelhas: apicultura / Embrapa Informação Tecnológica; Embrapa MeioNorte. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 113p

EMBRAPA. Sombreamento natural desenvolve abelhas mais rápido e melhora qualidade do mel. 2018. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/35428167/sombreamento-natural-desenvolve-abelhas-mais-rapido-e-melhora-qualidade-do-mel>. Acesso em: 31 de agosto de 2021.

LOPES, M. T. R. As abelhas e o clima. Página Rural, 2010. Disponível em: <https://www.paginarural.com.br/artigo/2167/as-abelhas-e-o-clima>. Acesso em: 31 de agosto de 2021.

SÁ, F. A.; SOUZA, P. H. A. A. Defensividade de abelhas Apis mellifera L. Africanizadas. REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN 1679-7353 Ano XVI - Número 32 – JANEIRO de 2019.

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