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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

ESTRUTIOCULTURA: BREVE APRESENTAÇÃO

ZOOTECNIA, ESTRUTIOCULTURA, AVES, AVESTRUZ


Estrutiocultura é a forma técnica de ser chamada a criação de avestruzes. 

 

CLASSIFICAÇÃO

Filo - Chordata 

Classe - Aves 

Ordem - Struthioniformes 

Subordem - Struthiones 

Família - Struthionidae 

Gênero - Struthio 

Espécie - Struthio camelus

 

    Os avestruzes fazem parte do grupo de "ratitas", aves corredoras, não conseguem voar. Dentro desse grupo estão também (emu, casuar, ema e kiwi).

 

    O Struthio camelus tem sua origem na África. O início da busca pela exploração da criação comercial dessa ave, se deu pela procura mundial por plumas (penas), em meados do século XIX, entretanto, essa atividade só teve início no Brasil, no fim do século XX, importando os primeiros reprodutores e matrizes de origem norte-americana e sul-africana (CARRER et al., 2004; ACAB, 2006 apud RODRIGUES et al., 2014).

    

REBANHO


    O Brasil já foi referência em relação a rebanho de avestruz, chegando a ter o segundo maior do mundo em 2006 com cerca de 430 mil aves (SUZAN & GAMEIRO, 2007). Após a crise de 2005 a 2007 com a quebra da Avestruz Master a expressividade do rebanho nunca mais voltou a ser a mesma, em 2016 o rebanho em cabeças de acordo com Carrer (2016) fica em torno de 100.000 aves, com São Paulo sendo maior produtor, obtendo 40.000 cabeças.

 

PRODUTOS     

    

    Os principais produtos que geram demanda desta ave são carne, couro e plumas. 

    Segundo Cândido (2016) o couro do avestruz é o segundo mais caro do mundo, ficando atrás do de crocodilo; é macio, porém resistente; tem ótima durabilidade e 1 animal gera entre 1,2 a 1,5 m² de couro.

    As plumas do avestruz são bons isolantes, mesmo em altas como baixas temperaturas; a partir dos 8 meses da ave as penas já podem ser coletadas; dá para obter 1 a 2 kg de pluma/animal/ano; no Brasil quando a pena é de maior qualidade vão para à indústria de alta costura e às escolas de samba, já quando são de menor qualidade vão para fabricantes de espanadores; há em torno de 200 categorias de plumas; o Brasil é o maior exportador de penas do mundo (LEITE, 2007; RODRIGUES et al., 2014).

    O avestruz é abatido entre 12 a 14 meses, e se bem desenvolvido pode render cerca de 30 a 40 kg de carne; possui baixos índices de gordura e colesterol; apresenta cor vermelha; tem alto índice de proteína; rica em ferro e ômega 3 (LEITE, 2007; CÂNDIDO, 2016).

    

PRINCIPAIS RAÇAS

    

    Características citadas por Leite (2007), Rotta (2003) e pelo site Portal São Francisco ([20-?]).

 

Blue neck (pescoço azul): originária do Zimbabwe e Botswana; é a maior das avestruzes; pesa mais de 200 Kg; adapta-se melhor ao clima tropical; é uma ave também agressiva.

 

Red Neck (pescoço vermelho): originária da região Norte da África; inicia a reprodução mais tarde do que as demais raças; os machos apresentam pele avermelhada; se adapta melhor ao clima árido.

 

African Black (preto africano): são animais dóceis; maior qualidade nas plumas; indicada para se iniciar a criação; raça criada através da genética que uniu as qualidades do Blue Neck e do Red Neck.


REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, A. M. Avestruz - economia, mercado e produtos. 2016. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/candidoalice/avestruz-economia-mercado-e-produtos>.  Acesso em: 10 de agosto de 2021.

CARRER, C. C. Rebanho brasileiro de avestruz. 2016. Disponível: <https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/rebanho-brasileiro-de-avestruz/20040108-100804-0260>. Acesso em: 10 de agosto de 2021.

LEITE, Lucimar Tunes. Estrutiocultura. Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR 18/1/2007.28 p.

PORTAL SÃO FRANCISCO. Avestruz. [20-?]. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/animais/avestruz>. Acesso em: 10 de agosto de 2021.

RODRIGUES, F. C.; MACEDO, L. O. B.Análise da reestruturação da estrutiocultura brasileira após a crise de 2005-2007: um exame da tendência à verticalização dos segmentos de abate e comercialização. Informações Econômicas, SP, v. 44, n. 5, set. 2014.

ROTTA, D. M.; SIQUEIRA, G. P.; COSTA, K. V.; SILVA, L. F.; ZANCAN, F. T. Manejo de avestruzes da cria a produção. REVISTA BRASILEIRA DE AGROPECUÁRIA - ESPECIAL AVESTRUZ. São Paulo. Nº 2, 2003. 11 p.

SUZAN, E.; GAMEIRO, A. A estruticultura e o mercado brasileiro de carne de avestruz. 2003. Disponível em: <http://paineira.usp.br/lae/wp-content/uploads/2017/02/2007_Suzan_Gameiro_ital.pdf>. Acesso em: 10 de agosto de 2021.

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