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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS

    

zootecnia, pastagem, forragem, degradação

    A degradação da pastagem é o decaimento acentuado e gradativo da produtividade da pastagem, no decorrer do tempo, e conseqüentemente ocorrendo a perca de capacidade de sua recuperação natural, se tornando-a incapaz de sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais, e também de superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e invasoras (Macedo, 1995 apud KICHEL et al., 1999; DIAS-FILHO, 2017).

    Há uma estimativa de que 20% das pastagens mundiais, sendo elas naturais e plantadas, estejam degradadas ou sofrendo o processo de degradação, sendo que essa proporção é pelo menos três vezes maior nas regiões mais áridas do planeta (UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2004 apud DIAS-FILHO, 2014).

    Como já citado na postagem "pastagem", a pecuária de corte no Brasil tem como uma de suas características marcante a exploração extensiva das pastagens, cerca de 88% da carne bovina no Brasil é recorrente dos rebanhos mantidos em pastos. Entretanto, as principais pastagens cultivadas do Brasil estão concentradas no ecossistema Cerrado, com aproximadamente 49,5 milhões de ha em uma área total de 208 milhões. Cerca de 50% da produção de carne do país é através dessa região (MACEDO, 1997; SANO et al., 2001 apud MACEDO et al., 2013). 

   De acordo com a Embrapa (2014) são 32 milhões de hectares em que a qualidade do pasto está abaixo do esperado no Cerrado, isso acarreta em problemas para a produtividade, e a recuperação dessa área ajudaria até a triplicar a produção de carne ou colaborar para a expansão da agricultura, além de que reduziria as emissões de gases de efeito estufa. Sendo que em 2018, 54% da área desmatada no Cerrado foi para implatação de pastagens (OECO, 2020).

    Esse problema com as pastagens no cerrado é um reflexo do que provavelmente ocorre em outras regiões, isso porque segundo Dias-Filho (2017) existe um desleixo no uso de insumos e de tecnologia por partes de produtores.

COMO IDENTIFICAR QUE A PASTAGEM ESTÁ DEGRADANDO?

    De acordo com Dias-Filho (2017) a forma mais prática é ir acompanhando a "capacidade de suporte" da pastagem ao passar do tempo.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DA DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS?

    Os motivos que levam a uma pastagem sofrer o processo de degradação de forma mais rápida são vários, entretanto, alguns deles são cruciais para manter um controle sobre essa questão, como a escolha da espécie forrageira, formação de pastagem, manejo adequado e adubação (PERON & EVANGELISTA, 2004).

NÍVEIS

    Segundo Dias-Filho (2011) apud Dias-Filho (2014) através das diversas variações de degradação agrícola e biológica de pastagens, observadas em diversas regiões diferentes, se pode classificar a degradação da pastagem analisada em quatro estádios, os parâmetros para classificar a degradação da pastagem em um desses quatro podem ser analisados por meio da observação ou medidas.



REFERÊNCIAS

Dias-Filho, Moacyr Bernardino. Degradação de pastagens : o que é e como evitar / Moacyr Bernardino DiasFilho. — Brasília, DF : Embrapa, 2017. PDF (19 p.) : il. color.

Dias-Filho, Moacyr Bernardino. Diagnóstico das pastagens no Brasil / Moacyr Bernardino Dias-Filho. – Belém, PA : Embrapa Amazônia Oriental, 2014. 36 p.  

EMBRAPA. Embrapa mapeia degradação das pastagens do Cerrado. 2014.  Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2361250/embrapa-mapeia-degradacao-das-pastagens-do-cerrado>. Acesso em: 17 de agosto de 2021.

KICHEL, A. N.; MIRANDA, C. H. B.; ZIMMER, A. H. Degradação de pastagens e produção de bovinos de corte com a integração agricultura x pecuária. In: SIMPOSIO DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE, 1., 1999, Viçosa. Anais… Viçosa: UFV, 1999. p. 201-234. 

MACEDO, M. C. M.; ZIMMER, A. H.; KICHEL, A. N.; ALMEIDA, R. G.; ARAUJO, A. R. Degradação de pastagens, alternativas de recuperação e renovação, e formas de mitigação. In: ENCONTRO DE ADUBAÇÃO DE PASTAGENS DA SCOT CONSULTORIA - TEC - FÉRTIL, 1., 2013, Ribeirão Preto, SP. Anais... Bebedouro: Scot Consultoria, 2013. p. 158-181.

OECO. Produção bovina concentra em 55 municípios metade do desmatamento associado. 2020. Disponível em: <https://www.oeco.org.br/reportagens/producao-bovina-concentra-em-55-municipios-metade-do-desmatamento-associado/>. Acesso em: 28 de agosto de 2021.

PERON, A. J. & EVANGELISTA, A. R. Degradação de pastagens em regiões de Cerrado. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 28, n. 3, p. 655-661, maio/jun., 2004.

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