A doença de Newcastle (DN) é uma enfermidade viral, altamente contagiosa, que acomete aves domésticas e silvestres com sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça (BORGES, [20-?]). Segundo o site da Adapec Tocantins ([20-?]) a doença também é conhecida como pseudo peste aviária, pneumoencefalite aviária, disordem respiratório-nervosa e a nível internacional - Newcastle disease. A DN é causada por um vírus da família Paramyxoviridae, subfamília Paramyxovirinae e gênero Avulavirus (MARTINS & ECCO, 2015). A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus, que nesse caso pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica) (MAPA, 2009).
De acordo com o Departamento de Saúde Animal (2021) aerossóis e secreções respiratórias são a principal via de transmissão, e ainda pode haver transmissão por contato indireto, ou seja, por água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, insetos, roedores e outras pragas, cama, esterco e carcaças contaminadas. Por isso se deve ter um cuidado rigoroso com aves silvestres que se aproximam dos plantéis avícolas, uma vez que elas podem estar trazendo esse vírus para o local. E um detalhe é que o vírus é encapsulado, podendo dessa forma permanecer no ar, nas fezes, na cama aviária e nas carcaças acometidas, por várias semanas (BORGES, [20-?]).
Segundo Martins & Ecco (2015) essa doença é possivelmente a mais devastadora entre as doenças da criação industrial de aves, dessa forma a ocorrência de um surto de DN pode trazer enormes perdas econômicas ao país atingido, para se ter uma ideia em galinhas vulneráveis o surto de doença de Newcastle pode apresentar um risco extremamente agudo, 100% das aves afetadas podem morrer desde as horas iniciais da infecção em até 72 horas sem apresentar sinais clínicos evidentes. Por isso em 1994, por meio da Portaria Nº 193, o MAPA instituiu o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que estabelece as normas e ações para uma produção segura (BORGES, [20-?]). A DN é de notificação obrigatória por lei.
Para se evitar contaminações é importante que os núcleos de granjas sigam algumas regras, como estar localizados em áreas geográficas definido legalmente com extensão de pelo menos dez quilômetros em torno do estabelecimento, além de buscar aplicar a vacina nas aves, apesar dela ser facultativa. Contudo, não existe tratamento para a doença de Newcastle (MARTINS & ECCO, 2015).
REFERÊNCIAS
ADAPEC TOCANTIS. Doença de Newcastle. [20-?]. Disponível em: <https://www.to.gov.br/adapec/doenca-de-newcastle/709lzmjdvxyj>. Acesso em: 19 de janeiro de 2022.
BORGES, J. C. A. Doença de Newcastle. Info Escola, [20-?]. Disponível em: <https://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/doenca-de-newcastle/>. Acesso em: 19 de janeiro de 2022.
Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. (Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG). 2015. ISSN 1676-6024.
DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMAL. Doença de Newcastle (DNC). 2021. Disponível em: <https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/202105/14173146-ficha-tecnica-newcastle-maio-2021.pdf>. Acesso em: 19 de janeiro de 2022.
MAPA. Plano de contigência para a influenza aviária e doença de newcastle. 2009. Disponível em: <https://www.agrodefesa.go.gov.br/images/imagens_migradas/upload/arquivos/2014-10/influenza-aviaria-e-doenca-de-newcastle-mapa.pdf>. Acesso em: 19 de janeiro de 2022.
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