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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

CAUDOFAGIA

     

zootecnia, caudofagia, suinocultura, suínos,
    Caudofagia é um fenômeno comportamental comum em suínos, mais frequente em produção intensiva, esse termo se resume a mordedura da cauda.
    
    A caudofagia pode acarretar em alguns prejuízos na produtividade animal e do aproveitamento de carcaças nos frigoríficos (VILL, 2019). No Brasil entre o período de janeiro a maio de 2006, foram desviadas 34.194 carcaças para o Departamento de Inspeção Federal (DIF), onde 727 desses animais foram desviados por caudofagia (2,13%) (BRAGA et al., 2006).
    
    De acordo com Lopes (2020) esse comportamento é recorrente das condições ambientais, de alimentação, saúde dos animais e outros fatores individuais. Um animal inserido em um ambiente monótono leva a frustação, ocasionando assim em reações anômalas, como é no caso de um sistema intenso (BRAGA et al., 2006). Apesar de ser um comportamento raro entre os reprodutores e leitões, esses ocorridos podem acontecer em todas as fases de criação (creche, crescimento ou terminação) (SOBESTIANSKY & ZANELLA, 2007 apud MARQUES, 2010).
    
    O manejo mais comum para evitar esse tipo de problema é a amputação da cauda nos primeiros três dias de vida do leitão, cortando o ultimo terço dela, essa amputação pode ser feita de algumas formas, dentre elas podemos citar o corte com o alicate cauterizador cortador de caudas, onde ocorre um aquecimento elétrico permitindo o corte e cauterização da cauda de forma instantânea, outro método usado é esmagamento com alicate, leva em torno de quatro dias para a queda da cauda após o esmagamento, é sempre importante a aplicação da solução de iodo para desinfetar a área depois da queda da cauda (SUINOCULTURA INDUSTRIAL, 2013).

REFERÊNCIAS

BRAGA, D. P.; DEL'ARCO, A. E.; DIAS, R. C. Condenação de carcaças suínas por caudofagia em frigorífico sob Inspeção Federal no município de Concórdia, Santa Catarina. Acta Scientiae Veterinariae, 2006. 319 - 323.p.

LOPES, I. F. S. S. Efeito da caudofagia, amputação de Caudas e enriquecimento ambiental em suinicultura intensiva. Dissertação (Mestrado em Engenharia Zootécnica) - Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Banco, 86 p. 2020.

MARQUES, B. M. F. P. P. Influência das lesões de caudofagia na fase de terminação sobre o desempenho zootécnico, sanitário e condenações no abate de suínos. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 59.p. 2010.

SUINOCULTURA INDUSTRIAL. Corte do último terço da cauda de suínos: por que fazer?. 2013. Disponível em: <https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/corte-do-ultimo-terco-da-cauda-de-suinos-por-que-fazer/20130111-084755-e341>.  Acesso em: 08 de agosto de 2021.

VILL, V. H. S. Mapeamento da incidência de lesões de caudofagia em suínos abatidos em uma planta frigorífica do município de Chapecó – SC / Victor Hugo da Silva Vill ; orientador, Rogério Manoel Lemes de Campos, 2019. 58.p.

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