Carcinicultura ou carcinocultura
é a forma técnica de ser chamada o cultivo de camarões.
A origem da
atividade no Brasil teve início na década de 70, no Rio Grande do Norte, a
iniciativa ocorreu com o "Projeto Camarão". A origem da carcinicultura
no Brasil pode ser dividida praticamente em três etapas por conta de alguns
insucessos no começo, onde a primeira teve a espécie Penaeus
japonicus explorada, mas tiveram baixos resultados por ter sido cultivos
extensivos de baixa densidade. A segunda etapa se caracteriza pela domesticação
das espécies nativas (L. subtilis, L. paulensis e L.
schimitti), agora conseguindo uma melhor densidade, tendo entre 4 a 6
camarões por m², mesmo assim a produção não ultrapassou as médias de 400 a
600 kg/ha/ano, não obtendo sucesso. E a terceira foi com a importação da
espécie L. vannamei na década de 90, a partir daí o desempenho
foi melhor porque os laboratórios brasileiros começaram a dominar
a reprodução e larvicultura dessa espécie. Então entre 1995/1996 foi visto
que tinha viabilidade comercial com a produção comercial da L.
vannamei no país e acabou se instalando (ABCC, 2011).
CULTIVOS
Existe dois
tipos de cultivo dentro da carcinicultura, sendo eles os de camarões marinhos,
e os de água doce, visto que, o cultivo de camarões das espécies marinhas é
predominante no Brasil, as marinhas se sobressaem no Nordeste, enquanto a
carcinicultura de água doce é predominante no Sudeste. As espécies mais
produzidas no Brasil são o Macrobrachium rosenbergii (de água
doce) e o Litopenaeus vannamei (de água salgada) (SEBRAE,
2018).
Litopenaeus vannamei
De acordo
Gonçalves (2009) e Vinatea-Arana (2004) apud Ramiro (2017) o L.
vannamei pertence à família penaeidae; possui um alto valor nutritivo,
sendo uma grande fonte de proteína; tem ótima capacidade de adaptação; em
ambientes naturais pode atingir 23 cm de comprimento; pode ser encontrado
em profundidades até 72 m, em temperaturas da água de 26 a 28 °C e salinidade
média de 35%.
Macrobrachium rosenbergii
Segundo
Pinheiro & Hebling ([20-?]) e Lobão (1997) o M. rosenbergii pertence
à família palaemonidae; possui carne de excelente qualidade; é considerado
o maior dos camarões de água doce, podendo chegar a 32 cm de comprimento e um
total de 500g e tem preferência por temperaturas na faixa de 28 a 30°C.
PRODUÇÃO
O Brasil
teve uma queda na produção de camarão no ano de 2016 para 2017, porém de 2017
até 2019 a produção teve aumento, em 2019 a produção alcançou 54.335.722 kg. O maior
produtor do Brasil é o Rio Grande do Norte que em 2019 obteve uma produção de
20, 7 mil toneladas, (PPM IBGE, 2019).
REFERÊNCIAS
ABCC. História da
Carcinicultura no Brasil. 2011. Disponível em:
<https://abccam.com.br/2011/02/historia-da-carcinicultura-no-brasil/>.
Acesso em: 09 de agosto de 2021.
GONÇALVES, M. M. Mapeamento
genético no camarão marinho Litopenaeus vannamei (Crustacea, Decapoda) /
Michelle Mantovani Gonçalves -- São Carlos : UFSCar, 2010. 70 f.
IBGE. Pesquisa
da Pecuária Municipal. 2019. Disponível
em: <https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2019>. Acesso
em: 9 de agosto de 2021.
Lobão, Vera Lucia.
Carnarão-da-malásia : larvicultura I Vera Lucia Lobão. - Brasflia :
Embrapa-SPI, 1997. I 19p
PINHEIRO, M. A. A. &
HEBLING, N. J. Biologia Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879).
[20-?]. 21-46.p. Disponível em: <http://www.crusta.com.br/biblio/04.Cap%C3%ADtulos/01-Pinheiro%20e%20Hebling%20(1998)%20-%20Biologia%20de%20M.%20rosenbergii.pdf>.
Acesso em: 09 de agosto de 2021.
Ramiro, Bianca de Oliveira.
Análise morfométrica do camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii e do
camarão marinho Litopenaeus vannamei / Bianca de Oliveira Ramiro. - Areia:
UFPB/CCA, 2017. iv, 41 f.
SEBRAE. Criação de
camarão, cartilha Básica. Sergipe, 2018. 40.p.
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