Pular para o conteúdo principal

STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

FORRAGEIRAS DE DESTAQUE NO BRASIL

zootecnia, pastagem, principais, forrageira, forragem

    O Brasil tem 850.280.588 de hectares, desses 68.022.447 são de pastagens nativas, isso representa 8%, e 112.237.038 são de pastagens plantadas o que equivale a 13,2% da área total (EMBRAPA, [20-?]). Esses números nos mostram a grandiosidade das forrageiras plantadas no Brasil.

PRINCIPAIS FORRAGEIRAS INSTALADAS

Dentre esses 112.237.038 de hectares de pastagens plantadas, o gênero de forrageira que mais se sobressai é a Brachiaria, representando 80% das pastagens no país (NOQUEIRA, 2019).

Dentro do gênero Brachiaria tem a espécie Brachiaria brizantha a qual destacam-se as cultivares B. brizantha cv. Marandu; B. brizantha cv. Xaraés; B. brizantha cv. Piatã e B. brizantha cv. Paiaguás (EMBRAPA, [20-?]).

B. brizantha cv. Marandu
Nome comum: Braquiarão, Brizantão
Origem: África (Zimbábue)
Hábito de crescimento: touceira
Produção de matéria seca: 12 a 20 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: susceptível

B. brizantha cv. Xaraés
Nome comum: Xaraés, Toledo MG 5.
Origem: África (Burandi)
Hábito de crescimento: touceira
Produção de matéria seca: 8 a 18 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: boa, melhor que outras braquiarias.

B. brizantha cv. Piatã
Nome comum: Piatã
Origem: África (selecionado pelo CIAT e EMBRAPA)
Hábito de crescimento: Touceira
Produção de matéria seca: 10 a 12 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: tolera tanto quanto o Braquiarão e Xaraes.

B. brizantha cv. Paiaguás
Nome comum: Paiaguás
Origem: Quênia - África (selecionado pelo CIAT)
Hábito de crescimento: Touceira
Produção de matéria seca: 10 a 20 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: baixa

Na espécie Brachiaria decumbens a cultivar que se destaca é a Basilisk.

Brachiaria decumbens
Nome comum: Decumbers, Branquiarinha, Verdinha
Origem: África (Uganda)
Hábito de crescimento: prostrado, decumbente
Produção de matéria seca: 9 a 11 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: altamente susceptível

De acordo com Nogueira (2019) a espécie Brachiaria humidicola apresenta três importantes cultivares no Brasil, são elas a B. humidicola cv. LIanero; B. humidicola cv. Comum e B. humidicola cv. Tupi.

B. humidicola cv. LInero
Nome comum: Dictinoeura
Origem: África
Hábito de crescimento: estolonífero
Produção de matéria seca: 9 a 11 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: média.

B. humidicola cv. Comum
Nome comum: Humidicula
Origem: África Equatorial
Hábito de crescimento: estolonífero
Produção de matéria seca: 8 a 10 t/ha/ano.
Resistência a cigarrinha: não é atacado, mas é hospedeiro desta.

B. humidicola cv. Tupi.
Nome comum: Tupi, Humidicola Tupi
Origem: África (Burundi)
Hábito de crescimento: estolonífero
Produção de matéria seca: 8 a 10 t/ha/ano.
Resistência a cigarrinha: altamente susceptível.

Outro gênero de forrageira que ressalta no país é a Panicum. A Panicum Maximum é a espécie que mostra mais expressão, e suas principais cultivares são a P. maximum cv. Mombaça; P. maximum cv. Tanzânia e P. maximum cv. Massai (EMBRAPA, [20-?]).
 
P. maximum cv. Mombaça
Nome comum: Colonião Mombaça
Origem: África (Tanzânia)
Hábito de crescimento: touceira
Produção de matéria seca: 20 a 28 t/ha/ano.
Resistência a cigarrinha: média

P. maximum cv. Tanzânia
Nome comum: Colonião Tanzânia
Origem: África (Tanzânia)
Hábito de crescimento: touceira
Produção de matéria seca: 20 a 26 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: alta.

P. maximum cv. Massai
Nome comum: Colonião Massai
Origem: África (Tanzânia)
Hábito de crescimento: touceira semiprostrado.
Produção de matéria seca: 12 a 16 t/ha/ano
Resistência a cigarrinha: média.

REFERÊNCIAS.

EMBRAPA. Pastagens. [20-?].  Disponível em <https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/sitio-tecnologico/trilha-tecnologica/tecnologias/pastagens>. Acesso em: 11 de junho de 2021.

EMBRAPA. Síntese Ocupação e Uso das Terras no Brasil. [20-?]. Disponível em <https://www.embrapa.br/car/sintese>. Acesso em: 11 de junho de 2021.

Filho, Wagner Pires Ribeiro. Pastagem sustentável - de A a Z / Wagner Pires Ribeiro Filho (autor e coordenador), - Indaiatuba -SP - Edição dos autores, 2018. 480 páginas.

NOGUEIRA, L. Principais espécies de Brachiaria e como fazer seu manejo. Blog Aegro. 2019. Disponível em <https://blog.aegro.com.br/brachiaria/>. Acesso em: 11 de junho de 2021.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS

         As gramíneas e leguminosas correspondem a famílias de espécies que formam o grupo das forrageiras, entretanto, elas são plantas que apresentam diferenças entre si (GLOBO RURAL, 2011). GRAMÍNEAS       Segundo Fontaneli  et al . (2009) as gramíneas ( Poaceae)  são uma das mais relevantes famílias na divisão Angiospermae e da classe Monocotiledoneae. De acordo com o site Globo Rural (2011) as sementes das gramíneas têm um cotilédone, as folhas das plantas são lineares e fornecem energia muito mais na forma de carboidratos. Essas plantas podem ser rizomatosas ou estoloníferas, perenes ou anuais, também apresentam flores nas maiores das espécies, e em sua maioria, possui caule oco e raízes ramificadas (SEMENTES SANTA FÉ, 2019).      As gramíneas são mais exploradas por ter um potencial de produção de forragem até três vezes superior às leguminosas forrageiras (VIANA, [20-?]). Exemplos de gramíneas . Brachiaria Decumbers. Brachiaria Brizantha Marandu. Brachiaria Brizantha MG 4. Brac

O que é zootecnia ?

          A zootecnia é a ciência que estuda a criação, conservação e produção animal. Esses estudos são mais direcionados aos animais domésticos, com o intuito de compreender de forma tecnicamente eficiente,  economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta e eticamente adequada, as suas relações, suas utilidades e os serviços úteis que os animais tem para o homem.       Um lema que é de suma importância para a zootecnia é   "produzir o máximo, no menor tempo possível, semper lucro lucro, tendo em conta o bem estar animal"  .       Abaixo o simbo da zootecnia e seu significado.