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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

MASTITE

    

zootecnia, bovinocultura, doença, mastite

    "A mastite é a inflamação da glândula mamária que se caracteriza por apresentar alterações patológicas no tecido glandular e uma série de modificações físico-químicas no leite" (NETO & ZAPPA, 2011).

    A mastite pode ser classificada de duas formas, sendo elas clínica e subclínica. A diferença é que na clínica se observa alterações clínicas no leite e no animal, ou seja, apresenta sinais evidentes, como: edema, aumento de temperatura, endurecimento, dor na glândula mamária, grumos, pus ou outras alterações nas características do leite. Enquanto na mastite subclínica não se observam alterações macroscópicas e sim alterações na composição do leite, isso quer dizer que ela possuí um caráter silencioso (BENEDETTE et al., 2008; MILK POINT, 2018). 

   Essa doença ainda pode se dividir em duas categorias, que são: contagiosa e ambiental. A mastite contagiosa tem algumas bactérias como principais causadoras, e são Streptococcus agalactiae, Corynebacterium bovis, Staphylococcus aureus e Mycoplasma spp. A transferência de leite contaminado de uma vaca para a outra é como se dá a transmissão desses microrganismos. No que diz respeito a categoria ambiental, os causadores incluem as espécies de estreptococos (S. uberis e o S. dysgalactiae são os mais prevalentes, e o menos prevalente é o S. equinus). Já no grupo dos coliformes ambientais, destacam-se: Escherichia coli, Klebsiella spp., Citrobacter spp.) (BENEDETTE et al., 2008; EDUCA POINT, 2018). 

    Segundo Neto & Zappa (2011) a mastite é a doença mais recorrente em vacas leiteiras adultas, causando 38% de toda morbidade. Isso pode se caracterizar como um problema, uma vez que no Brasil, a produção de leite, como outros seguimentos da atual sociedade é uma atividade cada vez mais competitiva. Essa doença traz também grandes prejuízos ao produtor porque ela determina perdas elevadas por descarte do leite, gastos com medicamentos, perda funcional de glândulas e até por morte do animal (SIMÕES & OLIVEIRA, 2008). 

DIAGNÓSTICO DA MASTITE CLÍNICA SEGUNDO

Informações de Veiga (1998) e Neto & Zappa (2011). 

    O diagnóstico da mastite clínica pode ser feito de forma visual, observando os aspectos externos importantes no úbere e nas tetas, como diferenças no tamanho e no formato dessas partes. No caso da observação, é recomendado que se faça antes da ordenha, porque com o úbere cheio fica mais fácil a visualização de alguma anormalidade. 

    No exame manual é realizado a palpação que se inicia pelos os tetos sendo palpados rolando-os entre os dedos. Com a ponta dos dedos pode-se fazer a palpação da cisterna da glândula na região da base dos tetos. Quanto ao úbere, devem-se avaliar cada unidade individualmente, determinando-se sua consistência, temperatura e sensibilidade. Uma dica é que se faça o exame físico imediatamente após a ordenha pós o excesso de leite do úbere interfere o exame. 

    Tem também o teste da caneca preta, nesse teste é permitido avaliar a aparência dos primeiros jatos de leite do animal, buscando dessa forma detectar qualquer indicativo de mastite clínica no leite, como a presença de pus, de grumos, ver se a coloração do leite está amarela ou até mesmo se há presença de sangue. 

DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA

Informações de Veiga (1998) e do site Milk Pointe (2018).

    O diagnóstico da mastite subclínica pode se dá por alguns diferentes exames. Existe o exame California Mastits Test (CMT) que tem uma boa precisão, é barato e simples. A reação nesse teste de CMT é proveniente de uma ação entre o reagente e as células somáticas presentes no leite. 

    Tem o exame de Contagem de Células Somáticas (CCS), essa é a técnica mais eficaz para a contagem de células somáticas. É uma técnica que tem uma alta precisão, contudo avalia apenas todo o úbere, e não os quartos mamários de forma individual. Os aparelhos mais utilizados nesse teste são o "coulter counter", o "Dunstable" e o "England". É realizado nas indústrias, cooperativas, laboratórios de universidade, instituições de pesquisas ou particulares. 

    Existe outros exames como: Contagem Direta em Lâminas (CDL); Teste do Viscosímetro (WMT); Teste para medir a condutividade elétrica; Teste com o "detector de condutividade" manual; Sistema de condutividade à ordenharia mecânica. Contudo os mais conhecidos e realizados são o (CMT) e (CCS).

TRATAMENTO

    O uso de antimicrobianos continua sendo utilizados como a principal estratégia para o controle da mastite clínica (NETO & ZAPPA, 2011). E no caso de mastite subclínica a melhor forma de controle é a realização da terapia de vaca seca, que se trata da infusão intramamária de antibióticos de longa duração e secagem das vacas (BENEDETTE et al., 2008).

REFERÊNCIAS

BENEDETTE, M. F.; SILVA, D.; ROCHA, F. P. C.; SANTOS, D. A. N.; COSTA, E. A. D. A.; AVANZA, M. F. B. Mastite bovina. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, Garça, N. 11, p. 05, jun. 2008. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/s8Qkxdp3ibXOROS_2013-6-13-15-52-55.pdf>. Acesso em: 02 de janeiro de 2022. 

EDUCA POINT. Quais são os principais agentes ambientais causadores de mastite?. 2018. Disponível em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/agentes-mastite-ambiental/>. Acesso em: 02 de janeiro de 2022. 

MILK POINTE. Como diagnosticar e tratar as mastites subclínicas. 2018. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/empresas/novidades-parceiros/como-diagnosticar-e-tratar-as-mastites-subclinicas-211496/>. Acesso em: 02 de janeiro de 2022. 

NETO, F. P.; ZAPPA, V. Mastite em vacas leiteiras - revisão de literatura. Revista científica eletrônica de medicina veterinária, Garça, N. 16, p. 28, jan. 2011. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/5birfPwQOBxdHFp_2013-6-26-11-19-44.pdf>. Acesso em: 02 de janeiro de 2022. 

Simões, Tânia Valeska Medeiros Dantas Mastite bovina : considerações e impactos econômicos / Tânia Valeska Medeiros Dantas Simões, Amaury Apolônio de Oliveira. – Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2012. 25 p. 

VEIGA, V.M.O. Diagnóstico de mastite bovina. Juiz de fora: EMBRAPA-CNPGL-ADT, 1998. 24p.

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