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STRONGYLUS VULGARIS

Filo: Nematoda  Classe: Secernentea  Ordem: Strongylida  Família: Strongydae  Gênero: Strongylus  Espécie: Strongylus vulgaris           Esse nematoda faz parte dos grandes Strongylus, juntamente com o  Strongylus equinus e Strongylus edentatus (SANAVRIA, [20-?]).      A espécie Strongylus vulgaris tem morfologia caracterizada por corpo retilíneo e rígido medindo entre 1,5 e 2,5 cm de comprimento, é de cor cinza escuro, o orifício oral é circundado por uma coroa radiada externa franjada. A cápsula bucal oval, apresenta dois dentes grandes com ápices arredondados (forma de orelha) na sua base (BASSAN et al ., 2008).      Ciclo biológico: a limentos contaminados com L3 ao serem ingeridos pelo animal, penetram na mucosa intestinal do íleo, ceco e cólon ventral. A fase L4 ocorre na submucosa (4 – 5 dias.), penetra nas arteríolas e após uns dias no interior dos vasos segue contra o fluxo sanguíneo para artéria aorta e rumo a artéria mesentérica cranial, seu local de eleição, penetrando na

FORRAGEIRAS PARA USO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

   

Semiárido, zootecnia, forragens, forrageira

     Segundo Araújo (2011) citado por Macêdo et al. (2017) como característica que difere o nordeste das outras regiões, ele apresenta clima em sua maioria semiárido, que por sua vez proporciona: solos rasos e pedregosos, estacionalidade climática acentuada, elevada taxa de evapotranspiração e relevo variável. Para se ter uma noção o semi-árido nordestino compreende uma imensa área de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que corresponde em torno de três quartos da região nordeste (MENDES, 1992).

    De acordo com Moreira et al. (2007) apud Macêdo et al. (2017) a região semiárida do Nordeste brasileiro possui grande potencial na produção de alimentos e geração de recursos naturais, tendo como principal vocação a pecuária de pequenos ruminantes. Contudo a "A caprinovinocultura praticada pela grande maioria dos criadores das áreas dependentes de chuva ainda é predominantemente extensiva e baseada em pastagens nativas, no caso a caatinga" diz a pesquisadora Salete Moraes, da Embrapa Semiárido (RIBEIRO, 2014). Segundo Lima (1996) a utilização das forrageiras nessa região é feita de forma empírica, sem a preocupação com o seu potencial e com o uso das terras.     

    Para essas condições são apresentadas algumas espécies forrageiras que podem ajudar o desempenho dos animais nesses ambientes, como: 

Camaratuba: as folhas são forragens para, bovinos, caprinos e ovinos. Tem sua propagação por sementes.

Palma: essa forrageira tem uma longa tradição na pecuária nordestina, ela dá suporte alimentar para os rebanhos das regiões semiáridas. No Nordeste, se cultiva, principalmente, três variedades: Gigante, Redonda e Doce ou Miúda. A propagação da palma é, tradicionalmente, feita através do plantio da raquete inteira ou de metade da mesma a partir de um corte longitudinal em plantas adultas. 

Maniçoba: se trata de uma planta nativa da caatinga. Se adapta bem a seca por conta de seu acúmulo de reservas nas raízes. É recomendado que o fornecimento dessa planta seja em forma de feno para os animais. A propagação da maniçoba é feita geralmente, por sementes, porém a mesma tem dormência e germinação irregular, ou seja, isso pode dificultar o cultivo da espécie.

Capim-buffel: essa é uma das espécies que apresentam maior resistência à falta de chuva entre as gramíneas cultivadas. Essa gramínea serve como base para a exploração pecuária no semiárido. 

Catingueira-verdadeira: as folhas verdes ou fenas servem como forragem para os ruminantes. Sua propagação se dá por sementes. Uma observação sobre essa planta é que se deve ter cuidado com os ápices pontiagudos, eles podem acabar perfurando o estômago do animal se caso enxerido. 

Capim-corrente: é uma gramínea perene, que tem uma moderada resistência à seca. Pode ser plantada por sementes ou mudas. É bastante apreciada pelos animais. 

Pornunça: se trata de um híbrido natural, é resultado do cruzamento entre a mandioca com a maniçoba. Graças a esse cruzamento essa forrageira se adapta bem ao ambiente caatinga, ou seja, resistente a ambientes mais secos. 

Cunhã: é uma leguminosa perene. O feno dessa planta é considerado de alta qualidade e de boa palatabilidade. Tem uma grande resistência a clima quente e seco, ou seja, é uma boa alternativa forrageira para a criação pecuária do Semiárido. Sua propagação se dá por sementes.

Marmeleiro: as folhas fenadas servem como forragem para os ruminantes. Sua propagação se dá por sementes. 

    Essas são apenas algumas forrageiras que destaquei e que podem ser utilizadas no semiárido como opção para alimentação dos animais. 

REFERÊNCIAS

Alves, Andréa Amaral. Forrageiras indicadas para a alimentação animal no Semiárido brasileiro / Andréa Amaral Alves, Elias Moura Reis, Mizael Félix da Silva Neto. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2015. 62 p.

FERREIRA, L. E.; ANDRADE, L. A.; GONÇALVES, G. S.; SOUZA, E. P.; FERREIRA, H. V. diâmetro de estacas e substratos na propagação vegetativa de maniçoba, Manihot glaziovii Muell. Arg.  Rev. Ciênc. Agron., 41 (3), Set 2010. https://doi.org/10.1590/S1806-66902010000300011.

Lima, josé Luciano Santos de. Plantas forrageiras das caatingas - usos e potencialidades / José Luciano Santos de Lima. - Petrolina-PE: EMBRAPA-CPATSA/PNE/RBG-KEW, 1996. 44 p.

Lima, Washington Benevenuto de. Propagação por Fracionamento do Cladódio de Palmas Forrageiras Resistentes a Cochonilha do Carmim. / Washington Benevenuto de Lima. - Areia: U FPB/CCA, 2 013. 45 f.

MACÊDO, A. J. S.; SILVA, D. F.; SILVA, T. I. S. Particularidades da região Nordeste do Brasil: revisão de Literatura. Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.14, n.5, p.7015-7018, set/out, 2017. ISSN: 1983-9006.

MENDES, B. V. O semi-árido brasileiro. Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/92-3/4/92.

RIBEIRO, M. Forrageiras nativas ou adaptadas melhoram desempenho da criação caprina e ovina no Semiárido. Embrapa, 2014. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/1792216/forrageiras-nativas-ou-adaptadas-melhoram-desempenho-da-criacao-caprina-e-ovina-no-semiarido>. Acesso em: 13 de dezembro de 2021. 

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