Figura 01: Apis mellifera scutellata - (Abelha Africana). Fonte:https://portalestudante.webnode.com.br/products/apis-mellifera-scutellata-abelha-africana-/ |
Figura 02: Melipona fasciculata (Abelha Tiúba). Fonte:https://mel.com.br/abelha-tiuba-melipona-fasciculata/ |
As abelhas Apis e as Melíponas são de gêneros diferentes e acabam apresentando algumas características distintas entre elas. De acordo com Freitas (2003), Kerr (1947), Silva et al (2014), Oliveira ([20-?]) e Ramos & Carvalho (2007) é possível montar um quadro mostrando algumas dessas diferenças.
Parâmetros |
Apis |
Melíponas |
Ferrão |
Contém o
ferrão e conseguem usar |
Possuem o
ferrão atrofiado, por conta disso são conhecidas como abelhas sem ferrão |
Origem |
Europeia |
Indígena |
Tempo para
nascimento das operarias |
21 dias |
40 dias |
Tempo para
nascimento dos zangões |
24 dias |
40 a 45
dias |
Tempo para
nascimento as Rainhas |
16 dias |
30 a 34
dias |
Expectativa de vida das operarias |
55 dias |
Em torno de
90 dias |
Expectativa de vida dos zangões |
31 dias |
Em torno de
90 dias |
Expectativa de vida das Rainhas |
3 a 6 anos |
4 a 5 anos |
Local de
armazenamento do mel |
Favos |
Potes |
Orientação
do local de armazenamento |
Sentido
vertical |
Sentido
horizontal |
IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS APIS E MELIPONAS
MELIPONAS: É de suma importância para o ecossistema brasileiro os meliponídeos uma vez que a maioria das espécies vegetais do nosso país são polinizadas graças a essas abelhas (FREITAS, 2003). Essa grande importância das melíponas se dá graças a sua enorme variedade de espécies presentes no Brasil que segundo Pinto (2017) são aproximadamente 300. Toda essa polinização representa, por exemplo, a reprodução de 90% das árvores da Mata Atlântica de acordo com site Meio Ambiente (2013). Essas abelhas também são capazes de produzir seu mel e de formar produtos comerciais, trazendo dessa forma sua importância econômica também.
APIS: Segundo Sebrae (2009 apud COSTA, 2013) o gênero Apis é um dos mais conhecidos e difundidos no mundo, essa informação já destaca o quão importante essas abelhas são para a sociedade em geral e para o ecossitema. Assim como as abelhas Meliponas as Apis têm um papel fundamental na polinização das espécies vegetais, polinizando até 90% de algumas regiões afirma Costa (2013), trazendo dessa forma uma ajuda enorme também para a agricultura, graças a alguns estudos se observou que o valor da polinização agrícola girou em torno de 9,5% em 2005 para o valor da agricultura (GALLAI et al. 2009 apud FONSECA & SILVA, 2010). Constaste, sua indubitável importância para a economia fica ainda mais nítida quando se trata de seus diversos produtos gerados por sua natureza sendo eles: mel, geléia real, cera, própolis, pólen apícola e até mesmo apitoxina que é veneno, através de tantos produtos acaba-se gerando diversos empregos também (BARROS, D. CAMILLI, M. et al. 2016).
QUAL A PRODUÇÃO ANUAL DE MEL DE UMA ABELHA APIS E DE UMA MELIPONA?
A diferença de tamanho entre as Apis e as Meliponas e a quantidade de abelhas por colmeia colaboram para a diferença na produção anual de mel de cada gênero, por exemplo, as abelhas com ferrões podem chegar a produzir de 25 a 30 kg de mel por ano, enquanto as abelhas sem ferrões produzem em torno de 1,5 kg de mel por ano, esses números podem variar dependendo da espécie (SENKOVSKI, 2017)
REFERÊNCIAS
BARROS, D. C. B; CAMILLI, M. P; MENDES, D. D; ORSI, R. O. A importância das
abelhas Apis mellifera l. e a influência da alimentação proteica (pólen) no
desenvolvimento dos enxames e das crias. 2016. Disponível em:<http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VJTC/VJTC/paper/viewFile/690/1003>
COSTA, M. F. Avaliação sanitária de apiários do Pampa para vírus da família Iflaviridae. 2013. Disponível em: <https://dspace.unipampa.edu.br/bitstream/riu/2534/1/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Sanit%C3%A1ria%20de%20Api%C3%A1rios%20do%20Pampa%20para%20V%C3%ADrus%20da%20Fam%C3%ADlia%20Iflaviridae.pdf> . Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
FONSECA, V. L. I; SILVA, P. N. As abelhas, os serviços ecossistêmicos e o Código
Florestal Brasileiro. 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/bn/v10n4/08.pdf>
FREITAS, B.M. Meliponíneos. 2003.
Disponível em: <http://www.abelhas.ufc.br/documentos/meliponineos.pdf>.
Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
KERR, W. E. Estudos Sôbre o Gênero Melipon. 1947. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/aesalq/v5/05.pdf>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
MEIO AMBIENTE. Comunidade conhece importância das abelhas sem ferrão no CienTec. 2013. Disponível em: <https://www5.usp.br/noticias/meio-ambiente/ecologospor-um-dia-no-cientec-conhecem-importancia-das-abelhas-sem-ferrao/>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
OLIVEIRA, A. Abelhas: espécies sem ferrão e com ferrão. [20-?]. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodeabelhas/artigos/abelhas-especies-sem-ferrao-e-com-ferrao#:~:text=Os%20favos%20ou%20c%C3%A9lulas%20das,%2C%20misturando%2Do%20com%20mel>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
PINTO, K. J. Meliponídeos: Importância das abelhas sem ferrão. 2017. Disponível
em: <https://wp.ufpel.edu.br/ppgent/files/2017/02/resumo-seminario-2-KarinaJobim.pdf>
RAMOS, J.M; CARVALHO, N. C. Estudo morfológico e biológico das fases de desenvolvimento de Apis Mellifera. 2007. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/h4KxXMNL19aDCab_2013-4-26-15-37-3.pdf>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
SENKOVSKI, A. C. Mel de
abelhas sem ferrão ganha mercado e vale ‘preço de ouro’. 2017. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/pecuaria/outros/mel-de-abelhas-sem-ferrao-ganha-mercado-e-vale-preco-de-ouro-9y08ec43jffyyw8sjtebkooim/>.
Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
SILVA, G. R; PEREIRA, F. M; SOUZA, B. A; LOPES, M. T. R; CAMPELO, J. E. G; DINIZ, F. M. Aspectos bioecológicos e genético-comportamentais envolvidos na conservação da abelha Jandaíra, Melipona subnitida Ducke (Apidae, Meliponini), e o uso de ferramentas moleculares nos estudos de diversidade. 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/aib/v81n3/1808-1657-aib-81-03-00299.pdf>. Acesso em: 25 de fevereiro de 2021.
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